---Sempre tive verdadeira fascinação por coisas antigas, desde minha meninice. Intrigavam-me os velhos mecanismos, os velhos artefatos. O meu pouco discernimento de criança, não permitia entender como eram produzidas aquelas maravilhas mecânicas com tão pouco ou nenhum recurso tecnológico de antigamente.
---Encantava-me enormemente só poder vê-los. Grande satisfação era aproximar-me duma engenhoca antiga, uma máquina fotográfica, um fonógrafo, um relógio, até um frugal lampião a querosene, os famosos lampiões de gás, em que se tinha de comprimir-se o ar manualmente através de um êmbolo que o forçava para uma câmara, espécie de cilindro de compressão onde entrava em contato com o querosene, surgindo daí uma espécie de gás, ou seja, querosene misturado com ar comprimido. Tudo devia ser, naturalmente, minuciosamente desmontado, peça por peça, para podermos desvendar os ocultos mistérios de sua fabricação, (para desespero de minha mãe).
---Os discos de cêra de Carnaúba sempre tiveram grande importância pra mim, não só pelas músicas que encerravam, mas, pela técnica usada em sua gravação e reprodução. E assim brincava de construir fonógrafos, com vários tipos de agulhas, braços e diafragmas. Destruí dezenas de discos, hoje raros, com essa brincadeira. Mas, restou o grande amor que hoje em dia ainda sinto por eles, mais que amor, um fascínio meio mágico, meio indescritível. E o bom é que sei que um bocado de gente, como eu, morre de amores pelo velhíssimo disco de cera, é, porque velho é o vinil. O de cera é velhíssimo!
---Não sei qual o gosto, (gente nova já me perguntou) em ouvir um disco arranhado, chiando, com pouca ou nenhuma qualidade sonora, sem graves, sem agudos, sem profundidade, muitas vezes com um arranhado que insiste em acompanhar a música em outro andamento...
---Ah! Só quem gosta sabe o porque não é? São motivos tão pessoais e interiores que não podem nem devem nem precisam ser explicados.
---Agora, o que me causa espanto é constatar que 90% dos Sites dedicados a este tema não disponibiliza um único disco sequer para seus leitores. Qualquer um pode comprovar o que digo, basta dispor-se a perder várias horas na pesquisa google. O que se tem muito é figurinha. É isso mesmo, enchem as páginas com as imagens dos selos, das capas (quando há), das vitrolas, dos cantores, complementam com textos quilométricos (nada contra, adoro textos quilométricos, desde que não seja eu quem os escreva) mas, e as músicas? Nada, nada de música. Frustrante, profundamente frustante estar envolvido em toda aquela beleza antiga e, quando se clica em alguma coisa a fim de completarmos nosso alumbramento ouvindo o arquivo sonoro: Nada. Nem uma musiquinha sequer. E o pior, ninguém consegue entender o porque de tal coisa, uma vez que absolutamente todos estes discos estão fora de catálogo, e, como sabemos, nenhuma gravadora jamais regravará nenhum deles novamente, por não ter qualquer interesse sobre eles, já que não têm a oferecer nenhum retorno financeiro, e como sabemos, nos dias de hoje, a pessoas agem impulsionadas tão somente por este mister .
---Aqui no piano clássico sempre oferecemos alguma coisinha aos nossos leitores, do pouco que temos tudo é disponibilizado para download gratuito. Agora nos propusemos aumentar essa oferta de discos raros e de cera, nem sei como faremos pois toma um bocado de tempo enviar esses arquivos um a um para só depois poder postar aqui, sem falar em nossa taxa de transferência que é baixissima apesar de usar-mos banda larga. Mesmo assim estamos tentando, com amor tudo se faz. Inicialmente tentaremos postar pelo menos dez sucessos para cada ano selecionado. Por exemplo, começaremos com o ano de 1930 indo até 1950, essa é a primeira parte do projeto. No meio dessas postagens podemos adicionar anos mais antigos ou mais novos, de acordo com a disponibilidade.
---Hoje, com muita honra, iniciamos esta nova série com músicas que foram sucesso entre 1930 e 1932. Como sabemos, a maioria dos discos de cera só apresentava uma ou duas músicas por vez. Mantendo esse gostinho de passado, os downloads serão assim também. Mas, vou logo avisando, é bem rapidinho, não tem demora alguma e você pode fazer quantos downloads simutâneos queira, de uma só vez, como se fôra numa conta Premium, pois não haverá limite para download (como na maioria daqueles famosos sites de hospedagem). Não fizemos blocos completos de vinte ou mais músicas pois achamos que voce deve escolher o que quer baixar.
Bem carissimo Leitor, prepare-se agora para uma seção de chiados, pipocados, arranha-arranha e muito mais, nesses velhos amigos que tanto encantaram nossos pais e avós.
Fortíssimo abraço e Boa viagem!
Quanto às belas imagens aqui exibidas, gostariamos de citar que foram gentilmente compartilhadas pelo musicólogo historiador Miguel Ângelo Azevedo, o Nirez, detentor de uma das maiores coleções de discos de cera do País, cerca de 22 mil exemplares. Esta e muitas outras belas e raras imagens estão à disposição de todos, como parte integrante de um acêrvo de mais de 140 mil ítens. Refiro-me ao acêrvo do Museu Cearense da Comunicação.
Mais informações sobre o jornalista Nirez, bem como a visualização de parte do acervo pode ser vista acessando-se o endereço: http://projetodiscodeceranirez.com. Clique e faça uma bela viagem pelo passado!!!
c
---cc
----------------Escolha o ano clicando na pasta correspondente:
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---Encantava-me enormemente só poder vê-los. Grande satisfação era aproximar-me duma engenhoca antiga, uma máquina fotográfica, um fonógrafo, um relógio, até um frugal lampião a querosene, os famosos lampiões de gás, em que se tinha de comprimir-se o ar manualmente através de um êmbolo que o forçava para uma câmara, espécie de cilindro de compressão onde entrava em contato com o querosene, surgindo daí uma espécie de gás, ou seja, querosene misturado com ar comprimido. Tudo devia ser, naturalmente, minuciosamente desmontado, peça por peça, para podermos desvendar os ocultos mistérios de sua fabricação, (para desespero de minha mãe).
---Os discos de cêra de Carnaúba sempre tiveram grande importância pra mim, não só pelas músicas que encerravam, mas, pela técnica usada em sua gravação e reprodução. E assim brincava de construir fonógrafos, com vários tipos de agulhas, braços e diafragmas. Destruí dezenas de discos, hoje raros, com essa brincadeira. Mas, restou o grande amor que hoje em dia ainda sinto por eles, mais que amor, um fascínio meio mágico, meio indescritível. E o bom é que sei que um bocado de gente, como eu, morre de amores pelo velhíssimo disco de cera, é, porque velho é o vinil. O de cera é velhíssimo!
---Não sei qual o gosto, (gente nova já me perguntou) em ouvir um disco arranhado, chiando, com pouca ou nenhuma qualidade sonora, sem graves, sem agudos, sem profundidade, muitas vezes com um arranhado que insiste em acompanhar a música em outro andamento...
---Ah! Só quem gosta sabe o porque não é? São motivos tão pessoais e interiores que não podem nem devem nem precisam ser explicados.
---Agora, o que me causa espanto é constatar que 90% dos Sites dedicados a este tema não disponibiliza um único disco sequer para seus leitores. Qualquer um pode comprovar o que digo, basta dispor-se a perder várias horas na pesquisa google. O que se tem muito é figurinha. É isso mesmo, enchem as páginas com as imagens dos selos, das capas (quando há), das vitrolas, dos cantores, complementam com textos quilométricos (nada contra, adoro textos quilométricos, desde que não seja eu quem os escreva) mas, e as músicas? Nada, nada de música. Frustrante, profundamente frustante estar envolvido em toda aquela beleza antiga e, quando se clica em alguma coisa a fim de completarmos nosso alumbramento ouvindo o arquivo sonoro: Nada. Nem uma musiquinha sequer. E o pior, ninguém consegue entender o porque de tal coisa, uma vez que absolutamente todos estes discos estão fora de catálogo, e, como sabemos, nenhuma gravadora jamais regravará nenhum deles novamente, por não ter qualquer interesse sobre eles, já que não têm a oferecer nenhum retorno financeiro, e como sabemos, nos dias de hoje, a pessoas agem impulsionadas tão somente por este mister .
---Aqui no piano clássico sempre oferecemos alguma coisinha aos nossos leitores, do pouco que temos tudo é disponibilizado para download gratuito. Agora nos propusemos aumentar essa oferta de discos raros e de cera, nem sei como faremos pois toma um bocado de tempo enviar esses arquivos um a um para só depois poder postar aqui, sem falar em nossa taxa de transferência que é baixissima apesar de usar-mos banda larga. Mesmo assim estamos tentando, com amor tudo se faz. Inicialmente tentaremos postar pelo menos dez sucessos para cada ano selecionado. Por exemplo, começaremos com o ano de 1930 indo até 1950, essa é a primeira parte do projeto. No meio dessas postagens podemos adicionar anos mais antigos ou mais novos, de acordo com a disponibilidade.
---Hoje, com muita honra, iniciamos esta nova série com músicas que foram sucesso entre 1930 e 1932. Como sabemos, a maioria dos discos de cera só apresentava uma ou duas músicas por vez. Mantendo esse gostinho de passado, os downloads serão assim também. Mas, vou logo avisando, é bem rapidinho, não tem demora alguma e você pode fazer quantos downloads simutâneos queira, de uma só vez, como se fôra numa conta Premium, pois não haverá limite para download (como na maioria daqueles famosos sites de hospedagem). Não fizemos blocos completos de vinte ou mais músicas pois achamos que voce deve escolher o que quer baixar.
Bem carissimo Leitor, prepare-se agora para uma seção de chiados, pipocados, arranha-arranha e muito mais, nesses velhos amigos que tanto encantaram nossos pais e avós.
Fortíssimo abraço e Boa viagem!
Quanto às belas imagens aqui exibidas, gostariamos de citar que foram gentilmente compartilhadas pelo musicólogo historiador Miguel Ângelo Azevedo, o Nirez, detentor de uma das maiores coleções de discos de cera do País, cerca de 22 mil exemplares. Esta e muitas outras belas e raras imagens estão à disposição de todos, como parte integrante de um acêrvo de mais de 140 mil ítens. Refiro-me ao acêrvo do Museu Cearense da Comunicação.
Mais informações sobre o jornalista Nirez, bem como a visualização de parte do acervo pode ser vista acessando-se o endereço: http://projetodiscodeceranirez.com. Clique e faça uma bela viagem pelo passado!!!
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