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terça-feira, 13 de novembro de 2012

Cantigas de Amor e de Amigo - Reposted


        Cantigas de Amor e de Amigo          











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 Don Dinis
1. Cantiga II: A tal estado me adusse, senhor
2. Cantiga III: O que vos nunca cuidei a dizer
3. Cantiga V: Senhor fremosa, nom poss'eu osmar
4. Em grave dia, Senhor, que vos ir?
5. Amigo, queredes vos oí?

Martin Codax
6. Cantiga I: Ondas do mar de Vigo
7. Cantiga II: Mandad'ey comigo
8. Cantiga V: Quantas sabedes amar amigo
9. Cantiga IV: Ay Deus, se sab'ora meu amigo

Don Dinis
10. Cantiga VI: Non sey como me salva mia senhor
11. Cantiga I: Pois que vos Deus, amigo quer guisar
12. Cantiga IV: Que mui gram prazer que eu ei, senhor
13. Cantiga VII: Quix bem, amigos, e quer'e querrei
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                                                                 Rare Collection                                                      

sábado, 14 de novembro de 2009

Cantigas de Amor e de Amigo - Paulina Ceremuzynska

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Editorial de Domingo                                                                            






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      Vivi minha meninice envolto por seres fabulosos. Guerreiros estóicos; Imperadores bons e honestos; Lindas       princesas; Índios valentes e honrados, defensores de nossas matas nativas...                                                                                                               Meu pai era um excelente contador de histórias, depois, só muito depois, vi que nem tudo era fantasia entre as muitas histórias que dele ouvi, deitado numa confortável rede, na varanda do belo sítio Lidiane, onde nasci, na Fortaleza de antigamente. No quadrilátero formado pelas ruas Tibúrcio Cavalcante, Santos Dumont, São José (que hoje é nome de desembargador, não me lembro qual) e Joaquim Nabuco, nesse tempo, com área já bem reduzida. Me encatava quando ouvia as histórias sobre meu bisavô, homem impressionante, conhecido por teorizar sobre as idéias de Einstein antes mesmo da publicação pelo próprio físico alemão, de sua Teoria Geral da Relatividade. Questionou sobre a natureza material das partículas de luz e o conseqüente efeito gravitacional sobre as mesmas, dentre outras, isso em livro publicado na Europa mais de uma década antes do grande Einstein, segundo Guilherme Studart, o Barão de Studart, dentre outros historiadores, elegante e estranhamente chamados de Cronistas, aqui na nossa querida terrinha. Livro este que, por sinal, estou a devê-lo a meus queridos leitores, o "Fragmentos de Filosofia Natural e Especulativa". Antes, porém, tentarei postar o "Hipotipose do Mundo", logo que o formatar em PDF. Lembrando-vos que aqui no site está à disposição o "Jesus Cristo & Maria Madalena, Lenda Judaica - Traços Românticos", todos de João Miguel da Fonseca Lobo, uma reedição do século vinte e um. CLIQUE AQUI PARA CONHECÊ-LO.
    Pois bem, caro Leitor, vivi envolto com esses heróis lendários e reais, sem saber ao certo onde acabava o real e iniciava o lúdico, e era formidável, como criança, construir valores e atitudes baseados nesses conceitos, pelo menos nobres e decentes. Sim, profundamente decentes... 
    E havia tanta coisa esdrúxula acontecendo bem embaixo de nossos empinados narizes, que muitas vezes nem as percebíamos por estarem tão próximas e de maneira tão usual. Quer um exemplo?      
    No início do século passado, viveu em Fortaleza um rico proprietário de imóveis, comerciante e industrial, o Senhor Plácido de Carvalho. Ora, durante uma viagem à Itália, enamorou-se duma bela jovem, que, como conta a história, declarou ao amado seu intento de só mudar-se para o longínquo Brasil, se o fizesse a fim de morar em um grande castelo. Sem medir esforços, naturalmente amparado pelas altas somas  em dinheiro de que era possuidor, o apaixonado empresário contratou imediatamente um afamado arquiteto Italiano,  a fim de executar a planta de um majestoso castelo.    
    Imediatamente passa a construí-lo. Ricamente revestido de linda cerâmica artisticamente decorada, amplos e confortáveis salões, vastos corredores, lindos castiçais... Enfim, um verdadeiro castelo Real. Uma razoável fortuna foi gasta na consecução do bizarro sonho acalentado por sua amada que, finalmente vem ao Brasil deleitar-se em nababesca existência ao lado de seu apaixonado marido. Não é um conto de Fadas? É sim, realmente. Um conto de fadas Nordestino, real como os contos que meu pai contava...    
   Se hoje vos falo deste velho casarão é, na realidade, por ter ele demasiada importância em minha vida. Há anos, na minha meninice, dez ou doze anos de idade, treze, no máximo, estudava num colégio distante da casa de meus pais umas vinte quadras, por aí, e a dez ou menos quadras, situava-se o tal castelo, no meio do caminho da escola. Ora, pela manhã ia de carro, mas, na volta, dispensava qualquer meio de transporte, fazia questão de retornar à pé. Por essa época o castelo já estava abandonado e bem deteriorado, porém, sua opulência e majestade fascinavam-me demasiadamente. Sempre que podia entrava furtivamente por uma brecha no madeirame do muro que dava acesso aos jardins, escondia meus cadernos por ali mesmo e, emocionado, profundamente emocionado adentrava o castelo. Pra mim, nesta época, um verdadeiro castelo encantado.     
   Ora, apesar do estado lastimável em que se encontrava aquela bela construção, meus olhos de menino sonhador viam ali, reis e rainhas, nobres cavaleiros andantes, fiéis escudeiros, bela princesinha a me esperar...  E passava por lá momentos de verdadeira transcendência espiritual, verdadeiro alumbramento. E como por essa época já conhecia e admirava com sobeja, através do Conservatório Leonie Ehret, de minha mãezinha, que Deus a tenha, a música Medieval e Renascentista, aquele ambiente era o complemento ideal para minhas fantasias de menino. Na escadaria da torre, empunhando tosco pedaço de pau, era um nobre cavaleiro com sua reluzente espada prateada. Ora era um nobre taciturno a sonhar com sua amada, ora era um valente guerreiro maquinando planos para salvar sua amada cativa...   
    O belo castelo, fonte de tanta alegria para tantos quantos o conheceram mais de perto, ou mesmo para os que somente o admiravam à distância, teve sua gloriosa existência bruscamente interrompida, foi brutalmente demolido. Fruto da ignorância e indignidade humanas.    
   Demolido, deu lugar a uma dantesca construção em estilo moderno ou, futurista, sei lá, só sei que horroroso, hediondo, fruto das lucubrações mentais, certamente, de retardados...   
   Deixemos isso para lá. Lembremos apenas dos gloriosos dias de majestade do aristocrático castelo do Plácido.   
    Já que hoje abordamos este tema, aproveitamos para fazer uma postagem que ficará armazenada na página “Música Antiga Medieval e Renascentista” que por sinal já faz um tempinho que nada mais punha-mos lá. Esperamos que esta seja a primeira de uma nova série que hoje iniciamos, ou melhor, reiniciamos.        
   Neste clima de castelos, de Reis e Rainhas, Cavaleiros e Princesas, fiquem com o excelente “Cantigas de Amor e de Amigo” interpretado por Paulina Ceremuzynska, Zofia adowgiallo, Carlos Castro, Fernado Reyes e Roberto Santamaría.       
   Devemos mencionar que a foto em preto e branco acima, na qual efetuamos uma pequena e amadorística remasterização, retiramo-la do excelente BLOG DO GUILHON, o qual recomendamos a todos. E ao qual agradecemos mesmo que tardiamente, escusando-nos pela ousadia.   
    E por aqui ficamos, já o enfadamos demasiado.   
  Como sempre desejamos um formidável domingo, seguido de uma semana repleta de muito boas obras, sempre sob os auspícios das superiores entidades que em tudo nos assistem! 







 Don Denis
1. Cantiga II: A tal estado me adusse, senhor
2. Cantiga III: O que vos nunca cuidei a dizer
3. Cantiga V: Senhor fremosa, mom posso&eacut;u osmar
4. Em grave dis, Senhor, que vos ir?
5. Amigo, queredes vos ir?

Martin Codax
6. Cantiga I: Ondas do mar de Vigo
7. Cantiga II: Mandadéey comigo
8. Cantiga V: Quantas sabedes amar amigo
9. Cantiga IV: Ay Deus, se sabéora meu amigo

Don Denis
10. Cantiga VI: Non sey como me salvéa mia senhor
11. Cantiga I: Pois que vos Deus, amigo mia senhor
12. Cantiga IV: Que mui gram prazer que eu ei, senhor
13. Cantiga VII: Quix bem, amigos, e querée querrei



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