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quinta-feira, 14 de maio de 2015

Sítio arqueológico de Ubajara

 

Sítio Arqueológico na Chapada da Ibiapaba

Pedra Furada de Ubajara


 A  Antropologia clássica

 Há 14 mil anos, o Homo Sapiens em busca de novas fontes de alimento, climas mais favoráveis à manutenção da vida e, talvez, levado também pelo espírito  de aventura e descoberta, que justificaria perfeitamente sua classificação como Homo Sapiens,  sai da Ásia, empreendendo épica jornada pré histórica através do que hoje conhecemos como o Estreito de Bering, até chegarem às terras que hoje são o Continente Americano. Pelo menos essa é a teoria consignada pela antropologia clássica, embora,  a meu ver, seja ainda inexplicável como tenham podido, nossos ancestrais,  atravessar aquelas vastas áreas cobertas por camadas espêssas de gelo, sem nenhuma oferta de suprimentos ou, refúgios naturais favoráveis a sobrevivência.
 Esta teoria é, entretanto, aceita como correta e parcialmente apoiada na comprovação da idade de 13.500 anos em ossadas humanas encontradas no Novo México no sítio arqueológico de Clóvis, e, grandemente apoiada nos resultados de pesquisas genéticas que comprovam a orígem asiática da maioria dos povos americanos. A maioria, devemos enfatizar, e não a totalidade.

Uma Pedra Lascada no meio do Caminho


 Pelo menos esta é uma hipótese bem elaborada e relativamente fácil de ser aceita, através de alguns indícios científicos fornecidos pela pesquisa
antropológica, sobre a origem do homem na América, entretanto, e sempre há um entretanto, principalmente quando se especula acontecimentos que tiveram lugar  há mais de 10 mil anos, há certas evidências que parecem descortinar outros palcos para o drama humano na sua jornada rumo ao Continente Americano.

Parodiando o poema de Drummond: Havia uma pedra lascada no meio do caminho que deixou a antropologia clássica em estado muito pouco cobfortável, é que modernamente, foram descobertos artefatos arqueológicos na Argentina e Chile que datam de até 33 mil anos e no Brasil de até 60 mil anos, portanto, mais de 40.000 anos anteriores às datações da América do Norte, o que parece antagonizar a clássica teoria que indica o estreito de Bering como porta de entrada inicial. Logicamente, por aquele ângulo, as sociedades mais antigas deveriam ser encontradas no norte do continente e não no sul.   
 As teorias modernas especulam a possibilidade de o homem ter iniciado sua expansão pelo planeta há mais de 130 mil anos, rumo à Ásia, Europa e
Clesivaldo
 Américado Sul (pelo Oceano Atlântico). A meu ver, e isso é somente minha modesta opinião como arqueólogo amador, a chegada do homem à América do Sul se deu, principalmente através do Oceano Atlântico, isso explica de forma confortável a existência de inumeráveis indícios (devidamente catalogados pela equipe da dra. Niede Guidon) de atividade humana, datados  de mais de 60 mil anos, no sertão do Estado do Piauí, no sítio arqueológico da Pedra Furada, situado no Parque Nacional da Serra da Capivara daquele Estado.
Os Marinheiros do Sertão

 Parece óbvio que esses ancestrais, consequentemente à chegada ao continente, tenham adentrado e desbravado o território recém descoberto, em busca de alimento (caça) e moradia (grutas e cavernas), a fim de protegerem-se da chamada mega fauna então existente, constituída de grandes carnívoros como o tigre dente de sabre e o leão americano, dentre outros. Estabeleceram-se, deixando marcas de suas atividades. Pelo menos é o que provam os inúmeros achados no interior de diversos estados brasileiros
Claudio
João Melo
onde se destaca o Piauí, onde está localizado o Museu do Homem Americano, criado e dirigido pela Antropóloga Dra. Niede Guidon.
 Nas minhas andanças pelos sertões dos estados nordestinos, vi muita coisa esdrúxula e interessante tidas como inexplicáveis. No sertão (centro oeste) do Ceará, fronteira com Piauí, por exemplo, há um grupo familiar conhecido como os "Marinheiros" que, se não é nome próprio de família, é como são conhecidos secularmente. Marinheiros? Quis saber, -Marinheiros em pleno sertão? Indaguei, certa feita, a uns mais antigos. - Sim, Marinheiros, há muito chegados nessas terras, aportaram nas costas Paraibanas e se embrenharam pelo Ceará e Piauí, são os que primeiro  habitaram estas  terras.
Responderam uns mais espertos.
 Não, não foram, pelo menos não a ponto de terem sido os primeiros habitantes daquele sítio, na Serra da Capivara que, segundo conclusões da Dra. Guidon, era constituído por Homo
Sapiens arcaicos do tipo australóide-negróide, provenientes do Continente Africano. Os "Marinheiros" que encontrei no Sertão podem ser  mais facilmente incluídos como descendentes de um grupo moderno do  tipo Caucasiano, pois são altos, muito claros e louros. De qualquer forma destoam fisicamente do resto do povo do Sertão e, a meu ver, é motivo para futuras pesquisas.

O Homem Americano no Ceará

 Mas, votemos às origens do homem Americano. No Ceará as datações

Lobão
efetuadas através do carbono 14 em artefatos arqueológicos revelam datas  muito recentes, cerca de 700 anos AP (Antes do Presente) no caso do  sítio arqueológico do Evaristo, em Baturité; 1200 anos AP na Praia de Jericoacoara; 640 anos AP para uma aldeia ceramista Tupi guarani,  no município de Mauriti; Só para citar alguns dos 535 sítios arqueológicos "catalogados" do território cearense, incluindo sítios cerâmicos, sítios arqueológicos do período histórico, oficinas líticas e sítios da arte rupestre pré-histórica. Naturalmente que esse número é bem maior, contando com os não catalogados, e, se incluirmos os ainda desconhecidos, não se pode saber qual será a cifra final.

Arqueologia na Ibiapaba

 Na Chapada da Ibiapaba, entre os Municípios de Ubajara e Ibiapina,

Toinho
encontra-se ainda não catalogado e, portanto, desconhecido pela ciência antropológica e "oficialmente" ignorado pelos órgãos públicos locais, um importante sítio arqueológico, situado entre a cachoeira do Boi Morto e a Pindoba, em pleno Carrasco, que é uma espécie de savana densa e seca localizada geralmente em depressões no topo de chapadas, onde predominam plantas caducifólias lenhosas, arbustivas, muito ramificadas e densamente emaranhadas por trepadeiras.
 É nesse cenário desolado, com clima que lembra mais à Caatinga que à Serra, que  encontramos uma pequena gruta ou furna (termo mais comum no interior cearense), que encerra, sabe-se lá há

quantos séculos, talvez milênios, a nosso ver, um valioso sítio arqueológico, que preserva em seu interior, o que presumimos ser,  uma série de  inscrições rupestres, representações de animais, órgãos humanos, e signos que aparentemente representam contagens numéricas.
 Quando digo "oficialmente ignorada pelos órgão públicos", me refiro ao fato de já ter o arqueólogo amador João Melo, nosso companheiro e guia na atual expedição, procurado o IBAMA tendo relatado a existência do sítio em questão e, inclusive, levado representantes do órgão à furna,  para que verificassem in-loco a veracidade de suas afirmações, sem que, por parte do IBAMA, nenhum reconhecimento tenha conseguido, sequer por motivos preservacionistas.
 E parece que preservação é a palavra chave da questão, uma vez que uma extração "ilegal" de pedras do local, tem ameaçado a integridade da furna,

uma vez que o Sítio como um todo, já está irremediavelmente comprometido.
 A extração de pedras já está a cercar perigosamente a região da furna, encontrando-se, da ultima vez que lá andamos, há aproximadamente 40 metros da parte principal do sítio, a Pedra Furada.
 Infelizmente, não podemos prever mas, com o rápido correr da carruagem, é possível que da próxima vez que lá formos, não haja mais a furna, nem as inscrições rupestres nem o sítio no entorno. Tudo deverá estar triturado, servindo de base para argamassa de alguma construção municipal...

 Minhas Credenciais 
Quanto à pesquisa arqueológica, deveria apresentar minhas "descredenciais". Não sou arqueólogo, ou antes, sou arqueólogo amador, e, embora exerça só de raro em raro esse hobby, coisas, fatos e artefatos antigos parecem me perseguir. Certa feita, num sítio não catalogado e desconhecido pela sociedade arqueológica, no Município de Caucaia, desenterrei um belo artefato de Pedra Lascada, uma ponta de lança esmeradamente trabalhada, incrivelmente bem conservada, com todos os talhos laterais intactos, assim como a ponta, ainda afiada. Aliás este sítio, atualmente encontra-se completamente destruído pelo poder econômico, no lugar está sendo construída uma siderúrgica multinacional.  Atualmente desenterrei num pequeno sítio em Ubajara, de minha propriedade, uma outra ponta de lança, essa mais rústica, porém com traços inquestionáveis de maniulação humana. Pode ser que tenha encontrado um sítio arqueológico bem aqui no meu quintal, por enquanto não o sei, pelo menos estará preservado, ao menos enquanto tiver vida.



Os Pesquisadores

 Em meados do mês de Janeiro, 2015, convidado que fui pelo pesquisador João Melo, formamos uma pequena expedição com os antropólogos amadores (costumo brincar) Clesivaldo de Sousa, meu primo; Pedrinho do táxi, Claudio Lobo (meu irmão) e eu, que fiz algumas fotos, já editadas e enviadas para o youtube para registro.
 Apressei-me em fotografar e postar na Web, e agora editar aqui no meu site pessoal, o querido pianoclassico, pois temo que brevemente, graças à indignidade humana, esse importante sítio arqueológico não venha a ser mais que um punhado pedras sobre pedras, aliás, pedras lascadas sobre pedras lascadas.  (Newton Lobo.)
   









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terça-feira, 13 de novembro de 2012

Cantigas de Amor e de Amigo - Reposted


        Cantigas de Amor e de Amigo          











Novo link



 Don Dinis
1. Cantiga II: A tal estado me adusse, senhor
2. Cantiga III: O que vos nunca cuidei a dizer
3. Cantiga V: Senhor fremosa, nom poss'eu osmar
4. Em grave dia, Senhor, que vos ir?
5. Amigo, queredes vos oí?

Martin Codax
6. Cantiga I: Ondas do mar de Vigo
7. Cantiga II: Mandad'ey comigo
8. Cantiga V: Quantas sabedes amar amigo
9. Cantiga IV: Ay Deus, se sab'ora meu amigo

Don Dinis
10. Cantiga VI: Non sey como me salva mia senhor
11. Cantiga I: Pois que vos Deus, amigo quer guisar
12. Cantiga IV: Que mui gram prazer que eu ei, senhor
13. Cantiga VII: Quix bem, amigos, e quer'e querrei
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                                                                 Rare Collection                                                      

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Zequinha de Abreu - Reposted



                       Reposted                     











 ...de repente  fui transportado ao passado, aos meus tempos de menino, àquela enorme caixa preta, cujo interior encerrava um magnífico Scandalli escarlate, repleto de detalhes dourados e prateados, com um lindo teclado em tonalidade marfim de um lado, e do outro, uma galeria de nada menos que cento e vinte botões de um negro profundamente brilhante. Separados por um indescritível  fole encarnado rutilante, tendo em cada um de seus plissados, a arredondar-lhe os cantos, um lindo contorno de metal prateado, conferindo-lhe nobreza e dignidade... Read more: http://www.pianoclassico.org/2009/10/zequinha-de-abreu.html





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                                                                 Rare Collection                                                                


sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Forest of the Amazon














     Deploro a Crítica, principalmente a Crítica (des) Especializada, todo  mundo sabe disso. Todo mundo é um termo bem abrangente, bem, digamos, muita gente que convive ou conviveu comigo, amigos músicos, parceiros, alunos...
 Crítica é mera vaidade, como costumo dizer: Larguei-a na última estação. Larguei-a por ser vanglória; por ser pura fatuidade, ostentação ridícula de coisa vã, fútil; jactância imoderada e presunção egoística, enfim, uma traquitana pesada e muito difícil de carregar, até para os asnos mais robustos.
 
 Troquei a Crítica pelas concessões, e são muito melhores, recomendo! Mas, advirto: São prerrogativas da idade, daqueles que não mais a temem; dos epicuristas estóicos, como um de'Chirico por exemplo, que nunca soube o que é o temor à Crítica, também... Negava-lhe a própria existência! Aí fica fácil, não é?  Falando sério, a interpretação da Floresta do Amazonas pela Moscow 
Radio Symphony Orchestra é simplesmente espetacular, a performance da linda soprano Renee Fleming é a que mais se aproxima da querida Bidú Sayão. Não estou falando de técnica vocal, de interpretação e etc. me refiro àquela aura, àquele halo espiritual de inexplicável glória e prestígio, que citei quando me referí à Symphony of the Air & Chorus, sucessora da lendária NBC Symphony Orchestra, em post anterior.
 
 Bem, ouçamos mais esta interpretação de A Floresta do Amazonas e, não comparemos, apenas ouçamos, com o espírito!
 

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                                                              Rare Collection                                                          

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Floresta do Amazonas

  





 Não existem duas interpretações idênticas, por mais que se respeitem as indicações na partitura quanto à intensidade e expressão, ao andamento, à fidelidade ao formato. Por mais que tentemos reproduzir a expressão a intenção e o pensamento do autor, o resultado é sempre único. Isso é normal e muito salutar, e é por isso que para alguns, a interpretação por Glenn Gould de J.S. Bach, por exemplo, lhes soa viril, fidedígna e virtuosíssima, verdadeiro alumbramento, fabulosa viagem astral (já ouví isso de alguém) enquanto outros, o que sentem ao ouví-lo é, antes, ânsia de vômito, por uma interpretação piegas e pouco viril, quase assexuada, insossa, ordinária e medíocre.
 O problema é que certas interpretações são tão infinitamente mais extraordinárias e expressivas que a maioria, e por se distinguirem sobre maneira, acabam cerceando e aniquilando as demais, precipitando-as prematuramente em desgraça.
 É o caso do exuberante (no momento não encontro outro termo) LP A Floresta do Amazonas de 1959, interpretado pela Symphony of the Air & Chorus,  herdeira da lendária NBC Symphony Orchestra, conduzida pelo próprio H.Villa-Lobos tendo a especialíssima participação da soprano Bidú Sayão! Pronto, por mais que eu tente, qualquer outra interpretação me soa ordinária, vulgar, medíocre, de pouco preço. Ah, perdoem-me, não é que elas sejam nada disso, só me parecem. E só me parecem porque, realmente a interpretação da Sinfônica da NBC é única e,  envolta por um halo espiritual de inexplicável glória e prestígio!
 Agora, se pudermos superar esse pequeno entrave, e podemos, a interpretação de A Floresta da Amazônia pela
São Paulo Symphony Orchestra & Choir dirigida por John Neschling, tendo a especialíssima participação da bela soprano Anna Korondi, que, apesar de húngara interpreta num português fidelíssimo, podemos até sentir, nessa gravação, aquele halo de glória, aquele mesmo estilo altaneiro e soberbo. Vamos conferir?
  E se você quiser conhecer aquele de 1959 clique aí na capa do LP, ao lado, para ser direcionado para  a página de download aqui mesmo no pianoclassico.


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sábado, 13 de outubro de 2012

Ravi Shankar - The Sounds of India (REPOSTED)

Ravi Shankar - The Sounds of India


REPOSTED










REPOSTED


                                                          CONFISSÕES À SOLIDÃO

  Ah! Companheira Solidão, anfitriã e confidente de todos os estrangeiros, não temas, jamais te abandonarei. Quando me descobri assim, estrangeiro nesta terra, não foram teus delicados braços que me embalaram? E na cruel tarde de meus dias...
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1. Ravi Shankar - An Introduction To Indian Music (4:13)
2. Ravi Shankar - Dadra (10:30)
3. Ravi Shankar - Maru-Bihag (11:44)
4. Ravi Shankar - Bhimpalasi (12:13)
5. Ravi Shankar - Sindhi-Bhairavi (14:58)

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domingo, 5 de agosto de 2012

A Hipotipose do Mundo


Reposted

             A Hipotipose do Mundo       







Atualmente, tenho empregado grande parte de meu tempo na consecução tanto de um prefácio, como da crítica ou, deveria antes dizer (já que deploro a Crítica), das notas que estou a fazer, de cada capítulo de um livro de autoria dum filósofo/visionário brasileiro do início do século XIX. Digo visionário, pois que seu estilo, repleto de visões futuristas, vaticínios, prognósticos e premonições, imprimem à sua obra  um ar romanesco fabuloso, como na obra de Júlio Verne, e não poderia ser diferente, haja vista nosso filósofo ser considerado por seus biógrafos, o introdutor, em nossa terra, do romance de cunho filosófico. Só para citar um exemplo, poucos anos após o advento da lâmpada incandescente de Edison, (1879) nosso cientista precognitivo sentenciou que um dia veríamos, como que encerrada em globo de cristal, a luz solar, a substituir a luz do gás, azeite e velas. Não referiu a ampola cujo oxigênio fora evacuado de seu interior e dotada de filamento de carvão, como a de Edison, muito menos à lâmpada de arco voltaico de H. Davy, (1800) contemporânea daquela e igualmente emissora de fortes ondas de calor (3700 Graus Celsius) posto que o autor visionário afirmasse em outro livro, a qualidade não depascente da luz solar no vácuo, ou seja, no ambiente em que estaria "encapsulada" naquele momento, portanto, quando descreve um globo de cristal (ou ampola sem filamentos) a emitir luz fria capaz de iluminar ambientes inteiros, estava referindo, a meu ver, (e só pode ser isto, já que não há até o presente momento, do ano 2011, nenhuma outra forma de emissão de luz fria) aos modernos Light Emitting Diode (diodos semi condutores) ou seja, pequenas ampolas transparentes a emitir luz fria e, atualmente, amplamente utilizadas na iluminação de ambientes. Se bem que já existe, embora ainda em pesquisa, a luz de óxido de zinco, que na verdade é também uma fonte de luz fria em estado sólido "branca, brilhante, agradável ao olho humano e adequada à ilminação de qualquer tipo de ambiente... Os pesquisadores estão produzindo luz branca centrada na parte verde do espectro eletromagnético aplicando um composto à base de enxofre sobre um preparado feito com nanopartículas de óxido de zinco e de fósforo. O fósforo converte as freqüências excitadas de um LED que emite luz na faixa do ultravioleta em uma luz branca e brilhante."

    Em outra visão mais, digamos, audaciosa, nosso herói afirma que "Dominará, em pleno vigor, a eletricidade como também outra força ainda incipiente ou não conhecida. As fotografias, aperfeiçoadas e com o auxílio dessas forças, retratarão de país a país, as pessoas e as falas, palavra por palavra, ficando assim estabelecida a ubiquação real do pensamento". Ora, a este enunciado, alguns de seus biógrafos atribuem a premonição da invenção da televisão, o que me parece medianamente correto quando se analisa, em particular, a afirmativa que "a fotografia aperfeiçoada (lembremos que já existia o cinema de Antoine Lumière, de 1895, baseado no cinetoscópio de Edison de 1891) e através da eletricidade retrataria, em todo o mundo, as imagens e o som". Só um pequeno detalhe faz esta visão afastar-se da invenção da Televisão propriamente dita, como a conhecemos nos dias de hoje: A inclusão do vocábulo "Ubiquação". O termo "ubiquação do pensamento", utilizado pelo filósofo, se o analisarmos com imparcialidade e autonomia crítica, muda totalmente o objeto de sua previsão. Vejamos: em qualquer dicionário o verbete Ubiquação é definido como a "Faculdade de estar presente em vários lugares ao mesmo tempo". Bem, digamos que, estando a televisão em pleno gozo e execução desta onipresença num acontecimento internacional como por exemplo, numa corrida de carros fórmula um ou, numa copa mundial de futebol, pergunto: Onde está a ubiquidade do pensamento nestes eventos meramente esportivos e futebolísticos? Como resposta digo que "não há ubiquidade de idéias (conhecimento) nestes casos".
   A forma atual de difusão de imagem e de som através da eletricidade, com perfeita ubiquação do pensamento, ou seja, com ênfase na difusão do conhecimento humano, a meu ver, (neste caso singularíssimo) não sendo realmente essa a premissa da Televisão, só pode ser, e creio ser esta idéia a mais exata, a própria rede mundial de computadores. O objeto das visões do cientista filósofo, portanto, só poderia ser a atual Internet, que se utiliza tanto da imagem como do som, com o nobre fim da ubiquação do pensamento humano (pelo menos em tese). Em resumo: imagens, sons e idéias (pensamento) transmitidas em tempo real e com direito a feedback? Para tal acontecimento só conheço um designativo: "Realidade Virtual".
   Bom, discutir algo como a Internet mais de meio século antes de seu advento, e, quase vinte anos antes da própria Televisão é, a meu ver, simplesmente fascinante.
  Como hoje sabemos, a energia irradiante que são as ondas eletromagnéticas emitidas pelo sol, variam dentro de uma variada gama de freqüências, dentre elas o infravermelho, e para que este infravermelho se transforme em calor, é necessário que ele incida sobre uma superfície que a absorva, como a do nosso Planeta.  Ao emitir, de volta, esse infravermelho em forma de ondas de calor, o efeito estufa causado pela camada de gás carbônico preserva parte dele, aquecendo, desta forma, a atmosfera terrestre. Outra vez nosso herói visionário causa espanto, ao afirmar que a luz do sol (a luz visível) "não é, no vácuo, absolutamente depascente" (termo em desuso mas, muito empregado à época) "e que, somente ao adentrar a atmosfera terrestre adquire esta característica".
Ora, com esta afirmativa, consignou formalmente e com muita propriedade científica, a estrutura material da luz, e foi mais além, afirmando que ela (a luz) como matéria, sofreria os efeitos gravitacionais de grandes corpos selestes, asseverando que chegaria ao Planeta Terra de forma angular, Angular? É, desta forma está provado que nosso sábio antecipou-se em 14 anos à comprovação, pela equipe de Einstein, do  enunciado: "a luz varia nas proximidades das grandes massas celestes e força e matéria são uma mesma cousa". Que ocorreu em 29 de maio de 1919. Lê-se em "Há Dialetos no Brasil? Fatores da Unidade política da América Portuguesa - Um Cearense Precursor de Einstein", de Amora Maciel: "Eddington diz que, para Einstein, o espaço é abstração, é convencional, sendo que pela Teoria Especial da Relatividade, surgida em 1905, o tempo local era o tempo para o observador móvel e que não existia o chamado tempo real, absoluto. A.S.Eddington escreveu ainda que a combinação dos espaços e tempos locais, em um teto de quatro dimensões, foi obra de Minkoswski, em 1908, e que em 1913 Einstein venceu todos os obstáculos, para, afinal, em 1915, publicar a sua Teoria Geral, que somente chegou à Inglaterra um ou dois anos após (1916 ou 1917), constituindo, assim, o objeto principal da obra do mencionado catedrático de Mecânica. Enquanto isso, já em 1907, no Ceará (Brasil), estava concluído o alentado trabalho do pensador cearense João Miguel da Fonseca Lobo, o qual lhe custou 40 anos de meditação".
   Em um de seus livros, Fragmentos de Filosofia Natural e Especulativa, lê-se: “Que é o Tempo? Uma ficção, sem correspondente na realidade. Não existe Tempo. A Eternidade não tem passado e não tem futuro; é só o presente. Não tem ontem nem amanhã. Hoje somente. As cousas desenvolvem-se simultaneamente no infinito..."
   Não podemos esquecer que o grande Einstein fora doutor em Filosofia, pela universidade de Zurich, por volta da época em que nosso herói publicava, na Europa, suas teorias, em livro cuja primeira edição rapidamente foi esgotada. Nada mais natural afirmar que o jovem e brilhante Einstein estivesse sempre "antenado" às teorias filosóficas e científicas da época não? Talvez, e aí vai uma mera especulação: Teria o Pai da Teoria de Relatividade lido as teorias de nosso cientista Cearense? Creio que é possível sim, afinal, um homem de elevada cultura, detentor de um cérebro extraordinário como Einstein, deveria, com naturalidade, devorar com ânsia intelectual, toda produção filosófico-científica de sua época. Tanto mais aquela publicada tão perto de si, por um filósofo, cientista e, Judeu.
  Bem amigos, logo que consiga concluir a pequena revisão crítica do livro "A Hipotipose do Mundo", de João Miguel da Fonseca Lobo que está a me ferver os miolos, na tentativa de levá-la a bom termo, e após sua necessária publicação, estarei, imediatamente disponibilizando-a, tanto em meu blog pessoal, o www.pianoclassico.org como em diversos outros sites da Web, naturalmente de forma totalmente graciosa, como é nosso costume e nossa filosofia, mesmo porque, como todos sabem, deploramos a tal Lei de Copyright, e vamos mais além, ao afirmar, estóicos que, “nenhuma forma de arte e cultura pode ser taxada ou a ela tributada qualquer vantagem financeira através dos desprezíveis direitos autorais”.

*Texto originalmente publicado na Coluna Quiáltera, assinada por lobão n'O Pensador Selvagem


   No momento, eis aí, disponibilizado para download, no formato Word, o livro "Hipotipose do Mundo" de João Miguel da Fonseca Lobo, extamente como está na sua ultima edição, sem nenhuma alteração. Para baixá-lo, clique no ícone de download ao lado da capa (eletrônica) e boa leitura.
   Lembramos que aqui mesmo, no pianoclassico, já está disponibilizado outro livro do mesmo autor: Jesus Cristo e Maria Madalena, uma Lenda Judaica" em pdf, para baixá-lo Clique Aqui









                                                                                                                                 Gold Séries                

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Aulos Trio











 


                                                                     AH! NORMAL...
                                                      (Ao Historiador André Oliveira)
 Outro dia caminhando por uma das calçadas da Rua Torres Câmara, lembrei-me de Bertran Roussel; e o leitor há de perguntar: "mas como? Roussel, físico e filósofo inglês que nunca esteve em Fortaleza? ' Sim, esse mesmo, estava ele ali, presentemente vivo através de uma célebre frase sua que diz"....os idiotas são sempre categóricos"....
 O fato que me veio à tona, emergindo numa fração de segundos, das profundezas do sub consciente, aconteceu na minha fase de adolescente pois, não havia completado ainda doze anos, quando, em certa manhã a pedido de minha mãe, fui comprar algumas frutas em uma quitanda que funcionava na citada rua, cujo prédio está preservado tal qual à época do acontecido, talvez essa observação tenha gerado em minha mente forte lembrança, como se o episódio que descrevo a seguir, estivesse sendo vivenciado naquele exato momento.
 Enquanto aguardava a minha vez de ser atendido pelo balconista, observei que um dos integrantes do estabelecimento, montava uma bicicleta que havia sido pintada com um azul turquesa e estava com a cela e o guidon no solo e as rodas para cima.
 Ao colocar o eixo da coroa (engrenagem que movimenta a corrente), percebi que o fulano havia se enganado, uma vez que, colocara a "coroa", e consequentemente a catraca (que é acoplada à roda traseira), pelo lado direito; direito, mas incorreto, pois quando a bicicleta estivesse em posição de uso, a corrente estaria pelo lado esquerdo e seu movimento estaria invertido.
 Aproximei-me do homem que montava a bicicleta e, não sei porque, nesse momento fez-se silêncio na sala, o que era incomum naquele ambiente sempre agitado e ruidoso, e falei sem nenhum ar irônico, mas sim de uma forma didática: "Esta bicicleta quando estiver em pé vai andar de marcha-a-ré". Houve discordância unânime. Eram quatro ou cinco adultos,todos com o dobro ou o triplo da mina idade. Um dizia: "vai nada, será que eu não sei o que estou fazendo? Tenho certeza que está certo".Outro reforçava, dizendo "É, tá certo, é isso mesmo".
 Cada um dizia com toda categoria que eu estava errado e eles certos. O dono da quitanda, por trás do balcão, vendo aquela celeuma, - pois eu continuava firme na mina opinião e não me intimidava com as manifestações deles e reafirmava que ia sim, andar de marcha-à-ré, - interferiu dizendo, ao mesmo tempo que saía de trás do balcão,: "vou acabar com essa teima agora, quer ver?" Desvirou a bicicleta, montou-se nela, pois um pé no pedal e, percebendo que eu estava certo exclamou: "Taí, bando de bestas, um menino dessa idade botou vocês todos no chinelo" e continuou falando. Enquanto isso, peguei meus abacates e mina penca de bananas, cujo valor já havia sido anotado na caderneta, embrulhados em jornal, e voltei para casa bastante perplexo com tamanha idiotice, pois ainda não conhecia Roussel, hoje, no entanto, episódio como este não me surpreende mais.
                                                                        Cid Lobo.


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quarta-feira, 11 de abril de 2012

ACTIVE BIO SENSE

                      QUAL É SUA PEGADA CARBÔNICA










 Bem amigos, como todos já sabem, passamos quase oito meses sem comunicação direta com Internet, digo direta pois sempre sobrou a opção esporádica dos Cyber Cafés. Bom, muitos leitores Confrades, atentos, revelaram-nos, via e-mail, sua preocupação quanto ao nosso destino durante este período no qual nos ausentamos. Tentamos responder a todos com rapidez mas, sempre há falhas e, além de tudo, há aqueles que, apesar de não o terem manifestado, também se preocuparam conosco e esperam explicações sobre nosso querido pianoclassico, sem falar nos anunciantes que, apesar de tudo, mantiveram suas campanhas sempre ativas em nossa humilde página, é a isto que se destina esta reportagem: Explicar-lhe, querido leitor, o que sucedeu.
 Pois bem, a sede do nosso piano classico teve que ser transferida, e, em junho de 2011, do litoral onde estava, trouxemos-la à Chapada da Ibiapaba, berço de nossa família e como costumo dizer: a mais mística e exuberante Chapada do Nordeste Brasileiro, a mais de oitocentos metros de altitude, clima agradável, oscilando em torno dos dezenove graus, tendo uma população relativamente consciente de suas responsabilidades ecológicas é, sem dúvida, um pedacinho do paraíso. Pequena demostração desta consciência ecológica é o prêmio concedido pela PUREATMOSFEREBRASIL ao município que nos sedia, como o de menor pegada carbônica da região.

 Motivo deste post é também o agradecimento que devemos aos nossos velhos anunciantes e colaboradores, que se mantiveram fiéis à casa, como o nosso principal patrocinador: Ultra Life Brooder e nossa primeira colaboradora: Granja ecológica AveNew. Além de dar as boas vindas aos novos anunciantes, como a Boo Box,  a Primer Cursos, e nosso mais novo patrocinador direto, o Sítio Ecológico Santa Cecília.
  Bom, este último patrocinador, o Santa Cecília, é meio suspeito, já que faz parte, juntamente com a Ultra Life Brooder e a Granja AveNew do mesmo Grupo, o sítio é, na verdade, onde moramos e sediamos a Confraria do piano classico, que aliás, é mais que uma Confraria, é, antes, uma Religião, é sim querido leitor, temos até nossa denominação: a Eglise Métropolitaine d'Art de Jésus Conducteur, (em homenagem a Erik Satie, que, por sinal foi seu único membro, tendo, entretanto, excomungado todos os que dele discordaram...). Mas, deixemos de brincadeiras, e, voltando ao Grupo, a Granja Ecológica Ave New mudou-se também para a Serra e, em breve reiniciará suas atividades comerciais.
 Falando no Sítio Ecológico Santa Cecília, é preciso que se diga que é nele que se desenvolve os conceitos do "Active Bio Sense" modelo de agropecuária e indústria desenvolvida por nós e aplicada integralmente, nesses tres setores citados aí em cima.
 Se o amigo leitor quiser saber mais um pouco sobre o que é Active Bio Sense, clique nos ícones de download para baixar  um pequeno folder sobre o assunto (duas páginas coloridas). Agora, já que falamos sobre o prêmio que nosso Município ganhou, o de menor pegada carbônica da região, você sabia que existe uma Calculadora de Carbono? Pois é, um programinha muito bacana, divertido e colorido, você responde umas perguntas, ele calcula sua pegada carbônica e você descobre se realmente está ajudando nosso planeta, ou seja, descobre como está sua consciência ecológica. Tens coragem de fazer o teste? Então, clique na imagem, depois me diga o resultado OK?
 O Sítio Ecológico Santa Cecília tem um pequeno vídeo institucional, onde se vê uma pequena área de produção de pimentas, chuchu, e frutíferas, tudo orgânico, ou antes, tudo active bio sense. O vídeo traz ainda, cenas da Central de Abastecimento aqui da serra, com belas imagens dos diversos produtos aqui cultivados. Clique aí no player de vídeo e assista. É um videozinho amador e ordinário mas, vale a pena assistir, ao menos pela música de fundo, o background é muito bom e apesar da odiosa Lei de Copyright, conseguimos hospedá-lo no You Tube, afinal, nosso negócio é música, não é?
 Forte abraço e que a Natureza Divina continue a nos proteger!
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