sábado, 15 de agosto de 2009

Domingo, 16 de Agosto de 2009

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EDITORIAL de DOMINGO




---Olá amigo Leitor, mais uma semana, mais um ciclo que, encerrando-se, abre caminhos para o novo. E, o que não é cíclico em nossas vidas? O pulsar ritmado do coração, a dilatação e contração dos pulmões, o correr obstinado do sangue por nossas artérias...
A Morte é nossa única garantia de imortalidade!
---Não pode vir o novo sem antes o velho ser assolado por absoluta ruína. Como a Noite, única testemunha da claridade meridiana, que põe-se em grande consternação por tributo ao Dia. E o pélago? Fiel confidente do distante porto seguro, arruina-se a si próprio por quinhão à terra firme. Assim nós, ultrapassamos vários ciclos biológicos, e muitos deles nem os percebemos, ultrapassamos também outros ciclos do mundo dos sentidos, o mundo fenomênico. Ultrapassamos as barreiras das semanas, dos meses, dos anos, séculos e milênios, apesar de, como no primeiro caso, ignorar-mos parte deles, e se os ignoramos é por mera incapacidade sensorial, entretanto ultrapassamo-os, mesmo que a maioria de nós sequer creia nisso.
---A imortalidade não teria o menor sentido na ausência de ciclos, de repetições. Vida é movimento, ação, criação, descobrimento, renovação. Aquele Nirvana que alguns seguidores mais ortodoxos de algumas filosofias orientais ainda contemplam como real, a ausência de tudo, a sublime manifestação do nada, como dizem eles, que me perdoem, mas é a concepção mais tola que nós, humanos do planeta Terra jamais ousamos inventar, sim, é isso mesmo, uma tola invencionice fruto da lucubração mental de um povo milenarmente preso a ortodoxias místicas extravagantes, e, além de tudo maçante, entediante e aborrecida, até demais. Vida eterna num tal de Nirvana, onde não há personalidade, individualidade, onde não há anseios nem pequenos contentamentos, onde não há atividade nenhuma... Isso é vida eterna? A meu ver isso é a própria morte, a morte eterna. E viver assim não seria viver, seria, antes, morrer. Morrer eternamente.
Pessoalmente, prefiro levitar voando sobre as copas das árvores mais frondosas, como só os espíritos sabem fazê-lo. E do alto, à média altura do telhado das moradas, observar meus queridos e seus queridos, e em silêncio dirigir uma prece em agradecimento ao Criador... Mas, por ora deixemos esses irmãos de lado, não os julguemos, afinal, equivocaram-se somente neste particular, ou seja, nesta visão de fim de todos os ciclos e posterior entrada num estado de pura contemplação beatífica espiritual, pura chatice!
Bom, acho que concordamos que vivemos em eterna mutação e eterno movimento (que beleza heim?)
---Estamos encerrando esta semana que foi recheada de excelentes postagens, com os olhos já na mira da próxima, que será, com toda certeza, muito melhor que esta.
Na semana que ora se encerra editamos cinco postagens sobre música Egípcia, iniciando com o excelente "Musician of the Nile” com a autêntica múcica egípcia. Depois foi a vez de "Music in The Age of The Pyramids" de Rafael Péres Arroyo, seguido do excelente "Eternal Egypt" de Phil Thornton e Hossam Ramzy. No meio da semana tivemos o "Classical Music of Egypt" e o "Egypt BellyDanse" música destinada à tradicional dança oriental egípcia, um fabuloso Cd. Esta foi, portanto, a semana do Egito, aqui no piano clássico.
---Do lado erudito propriamente dito, nossa especialidade, postamos A. Scarlatti, Tchaikovshy e Korsakov, em dois Cds absolutamente imperdíveis. Se você ainda não baixou nenhum, aconselho a fazê-lo agora mesmo, tenho certeza que irá gostar de todos.
---E entre tantas e boas postagens, ainda sobrou tempo para a seção de discos raros. Editamos os maiores sucessos da música popular brasileira nos anos de 1930, 1931 e 1932, todos discos de cera de carnaúba maravilhosamente bem conservados, uma verdadeira viagem ao passado. Vá lá, baixe todos e confira, aposto como vai gostar, depois você me diz.
---E finalmente, iniciaremos a semana com sons do México pré-Hispânico, oriundos das culturas Maia, Toltec, e Asteca. Manifestação músical transcendental e evocativa, executada com o recurso de instrumentos tradicionais. Baixe agora mesmo e confira, depois voce me diz o que achou.
---Bem, caro amigo, espero que este maravilhoso domingo represente realmente o início dum novo ciclo, mais amplo, mais ágil, mais fecundo, mais feliz e que, logo se acabe, para que outro venha e assim, a máquina microcósmica, este espelho, continue a funcionar em concordância com o Plano Superior.
---Forte abraço.






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