---Olá caro e inteligente leitor, inteligente por quê? Ora, se estás aqui, num site dedicado à música erudita, circundado por cultura geral, arte, bom gosto e refinamento, já dá provas de esmerada intelectualidade.
Provas que fazes uso da faculdade do pensar. Da faculdade do discernir.
E, é difícil tocar nesse assunto, mas, hoje em dia, com a desestruturação geral de tudo que pensávamos ter construído através de séculos de desenvolvimento, com a gradual e cada vez mais célere falência desta aparente ascensão a um estado de desenvolvimento espiritual mais elevado que julgávamos possuir até bem pouco tempo; Com a crescente decadência dos conceitos de honorabilidade e honestidade, enfim, com a derrota da moralidade, dos bons sentimentos, do coleguismo e da solidariedade, vencidos que foram, amargando derrotas diárias, nas mãos do egoísmo da ganância e da avareza, entre outros de maior vileza, só nos resta crer que aquela velha teoria indiana que afirma há muito termos saído da idade do ouro, da idade da prata, do cobre e do ferro, e, estarmos agora, seguramente, na idade do amálgama de ferro, parece ser, a maior representação da nossa realidade.
---Amálgama de ferro, raspas de ferro altamente susceptíveis à oxidação. Não é assim a nossa bela sociedade? Um velho intrincado e arcaico artefato, fruto das mãos habilidosas dum grande artesão, com o tempo carcomido pela ferrugem até seu mais íntimo interior?
---Sei lá, amigo leitor, sei lá. O que sei é que toda vez que ligo aquele diabólico espelho chamado televisão, dá-me a sensação de que, realmente, já tudo findou. Que nada mais resta de dignidade no ser humano, e que, realmente é a um espelho que assistimos.
E, como qualquer espelho, simplesmente reflete o reverso daquilo que realmente vê. Os políticos são ladrões, nos diz a TV; Os Santos Padres Católicos são pedófilos e pederastas; Os castos e subordinados pastores evangélicos são usurpadores estóicos dos minguados haveres do povo incauto e inculto. É essa realidade que se vê e se ouve na TV, mas, subliminarmente, o que querem fazer o povo ver e ouvir é o inverso: “São todos Santos”.
---E o que diariamente nos apresenta a televisão, sempre através da mais deletéria das invencionices da humanidade, a Linguagem Subliminar, é a desgraça e a miséria de um povo feliz. E Feliz na (des) graça da esmola presidencial, na desgraça da falta de educação, na desgraça da falta de acesso à cultura. Feliz na desgraça do auxílio natalidade que nunca beneficia o desgraçado que acaba de nascer. Feliz na desgraça da aposentadoria que nunca alforria o infeliz do pesado fardo do desgraçado trabalho que o escravizou durante décadas, antes, imputa-lhe outros males maiores. Feliz na desgraça do desgraçado que acaba de morrer e, para que seus queridos recebam o desgraçado auxilio funeral, terá que comparecer, morto, indo talvez de ônibus, àquela igualmente desgraçada repartição publica, requerer-lhe a comprovação de sua suprema felicidade: O Próprio óbito. Feliz na desgraça do desgraçado que se aposentaria com 100 anos de idade, e agora, somente, na melhor das hipóteses, com 195 anos de contribuição, no mínimo, para então, ter finalmente garantido, seu lugarzinho... No Inferno!
---Por isso tudo e mais alguma coisa é que nos refugiamos na cultura, na literatura, na música, na intelectualidade sem alienações... Você, eu e um bocadinho de outros irmãos. E, mesmo que nosso maior sofrimento seja ver nosso povo padecer eternamente a falta desta mesma cultura que nos liberta, resta-nos um consolo: Contrariando a teoria indiana da idade do amálgama de ferro, o porvir, temos disso absoluta convicção, ainda será a coruscante idade do ouro!
---É, parece que hoje estou meio triste, isso sempre acontece comigo, é só assistir, por uns dois minutos, à TV brasileira. Inadvertidamente, ontem, assisti a uma entrevista feita por um desses apresentadores bem bregas, a uma professora (...) da educação infantil, acusada de dançar ou representar, sei lá, uma coreografia intitulada “Todo Enfiado”, ou coisa que o valha. Nada mais que uma representação em que o cantor duma banda de música popular, dessas bem escabrosas, em pleno palco, tendo a dançarina baixado suas (dela) calças e se posicionado de forma a deixar seu lado dorsal à mostra do público, lhe segura, repuxando para cima e com certo vigor, a parte traseira de suas calcinhas, forçando desta forma, a total penetração da sumária peça no rego anal da mesma, enquanto esta se requebra e se balança de forma convulsiva, para delírio de um seleto público assistente (...)
O repórter brega, dentro dum belo paletó, entrevista a professora dançarina ladeado por dois atores que são ou se fazem passar por pederastas, enquanto a população passionalmente envia suas opiniões via e-mail, uns a recriminá-la, outros a enaltecê-la de forma impudica. Um bizarro circo está armado. Esta cena Dantesca será a diversão do povo durante as próximas horas. Assim não dá, não é? É verdade, Assim não dá...
---Bem amigos, nesta semana que passou enfocamos o Japão, primeiramente com o cd “Japon”, canto acompanhado de Biwa e Shakuhachi solo, com K. Tsuruta e K. Yokoyama. Em seguida foi a vez de Tegoto, Japanese Koto Music seguido de J. Ueda, também tocando Biwa, no Cd L’epopée des Heike.
---No restante da semana tivemos a postagem de mais dois anos da historiografia da música popular brasileira, 1936 e 1937, postagens adicionadas de belíssimos selos da época, além das fotos dos respectivos cantores, além da rara coleção em 78 rpm, “Native Brazilian Music” por Leopold Stokowski.
---Finalmente, na música erudita, Shower of Harmonie, Dances e Songs of renaissance England, arquivado na seção “Música Antiga, Medieval e Renascentista”.
Bem amigos, esperando que este nosso imenso país recupere o mais cedo possível sua dignidade, libertando dessa forma seus filhos das supremas humilhações e maus tratos pelas quais hoje passam, desejamos a todos uma excelente semana. E, tenhamos fé no porvir. Na Idade do Ouro!
---Forte abraço.
Provas que fazes uso da faculdade do pensar. Da faculdade do discernir.
E, é difícil tocar nesse assunto, mas, hoje em dia, com a desestruturação geral de tudo que pensávamos ter construído através de séculos de desenvolvimento, com a gradual e cada vez mais célere falência desta aparente ascensão a um estado de desenvolvimento espiritual mais elevado que julgávamos possuir até bem pouco tempo; Com a crescente decadência dos conceitos de honorabilidade e honestidade, enfim, com a derrota da moralidade, dos bons sentimentos, do coleguismo e da solidariedade, vencidos que foram, amargando derrotas diárias, nas mãos do egoísmo da ganância e da avareza, entre outros de maior vileza, só nos resta crer que aquela velha teoria indiana que afirma há muito termos saído da idade do ouro, da idade da prata, do cobre e do ferro, e, estarmos agora, seguramente, na idade do amálgama de ferro, parece ser, a maior representação da nossa realidade.
---Amálgama de ferro, raspas de ferro altamente susceptíveis à oxidação. Não é assim a nossa bela sociedade? Um velho intrincado e arcaico artefato, fruto das mãos habilidosas dum grande artesão, com o tempo carcomido pela ferrugem até seu mais íntimo interior?
---Sei lá, amigo leitor, sei lá. O que sei é que toda vez que ligo aquele diabólico espelho chamado televisão, dá-me a sensação de que, realmente, já tudo findou. Que nada mais resta de dignidade no ser humano, e que, realmente é a um espelho que assistimos.
E, como qualquer espelho, simplesmente reflete o reverso daquilo que realmente vê. Os políticos são ladrões, nos diz a TV; Os Santos Padres Católicos são pedófilos e pederastas; Os castos e subordinados pastores evangélicos são usurpadores estóicos dos minguados haveres do povo incauto e inculto. É essa realidade que se vê e se ouve na TV, mas, subliminarmente, o que querem fazer o povo ver e ouvir é o inverso: “São todos Santos”.
---E o que diariamente nos apresenta a televisão, sempre através da mais deletéria das invencionices da humanidade, a Linguagem Subliminar, é a desgraça e a miséria de um povo feliz. E Feliz na (des) graça da esmola presidencial, na desgraça da falta de educação, na desgraça da falta de acesso à cultura. Feliz na desgraça do auxílio natalidade que nunca beneficia o desgraçado que acaba de nascer. Feliz na desgraça da aposentadoria que nunca alforria o infeliz do pesado fardo do desgraçado trabalho que o escravizou durante décadas, antes, imputa-lhe outros males maiores. Feliz na desgraça do desgraçado que acaba de morrer e, para que seus queridos recebam o desgraçado auxilio funeral, terá que comparecer, morto, indo talvez de ônibus, àquela igualmente desgraçada repartição publica, requerer-lhe a comprovação de sua suprema felicidade: O Próprio óbito. Feliz na desgraça do desgraçado que se aposentaria com 100 anos de idade, e agora, somente, na melhor das hipóteses, com 195 anos de contribuição, no mínimo, para então, ter finalmente garantido, seu lugarzinho... No Inferno!
---Por isso tudo e mais alguma coisa é que nos refugiamos na cultura, na literatura, na música, na intelectualidade sem alienações... Você, eu e um bocadinho de outros irmãos. E, mesmo que nosso maior sofrimento seja ver nosso povo padecer eternamente a falta desta mesma cultura que nos liberta, resta-nos um consolo: Contrariando a teoria indiana da idade do amálgama de ferro, o porvir, temos disso absoluta convicção, ainda será a coruscante idade do ouro!
---É, parece que hoje estou meio triste, isso sempre acontece comigo, é só assistir, por uns dois minutos, à TV brasileira. Inadvertidamente, ontem, assisti a uma entrevista feita por um desses apresentadores bem bregas, a uma professora (...) da educação infantil, acusada de dançar ou representar, sei lá, uma coreografia intitulada “Todo Enfiado”, ou coisa que o valha. Nada mais que uma representação em que o cantor duma banda de música popular, dessas bem escabrosas, em pleno palco, tendo a dançarina baixado suas (dela) calças e se posicionado de forma a deixar seu lado dorsal à mostra do público, lhe segura, repuxando para cima e com certo vigor, a parte traseira de suas calcinhas, forçando desta forma, a total penetração da sumária peça no rego anal da mesma, enquanto esta se requebra e se balança de forma convulsiva, para delírio de um seleto público assistente (...)
O repórter brega, dentro dum belo paletó, entrevista a professora dançarina ladeado por dois atores que são ou se fazem passar por pederastas, enquanto a população passionalmente envia suas opiniões via e-mail, uns a recriminá-la, outros a enaltecê-la de forma impudica. Um bizarro circo está armado. Esta cena Dantesca será a diversão do povo durante as próximas horas. Assim não dá, não é? É verdade, Assim não dá...
---Bem amigos, nesta semana que passou enfocamos o Japão, primeiramente com o cd “Japon”, canto acompanhado de Biwa e Shakuhachi solo, com K. Tsuruta e K. Yokoyama. Em seguida foi a vez de Tegoto, Japanese Koto Music seguido de J. Ueda, também tocando Biwa, no Cd L’epopée des Heike.
---No restante da semana tivemos a postagem de mais dois anos da historiografia da música popular brasileira, 1936 e 1937, postagens adicionadas de belíssimos selos da época, além das fotos dos respectivos cantores, além da rara coleção em 78 rpm, “Native Brazilian Music” por Leopold Stokowski.
---Finalmente, na música erudita, Shower of Harmonie, Dances e Songs of renaissance England, arquivado na seção “Música Antiga, Medieval e Renascentista”.
Bem amigos, esperando que este nosso imenso país recupere o mais cedo possível sua dignidade, libertando dessa forma seus filhos das supremas humilhações e maus tratos pelas quais hoje passam, desejamos a todos uma excelente semana. E, tenhamos fé no porvir. Na Idade do Ouro!
---Forte abraço.
'
OLá Amigo!
ResponderExcluirQue belo site vc tem!!!!
Adoro música e cultura, tambem fará parte de meus favoritos e linkarei seu site ao meu.
Agradeço por suas palavras, e vos digo que meu único interesse aqui e promover o maior número póssivel de novas pessoas que conheçam a realidade como ela é!
Parabéns novamnete pelo site. Por favor, exclua o "senhor"!
Grande e fraterno Abraço
Seu site é excelente amigo... hj eu me encontro na situação de paraplegia há 2 anos e essas musicas me ajudam a relaxar bastante qd faço minha terapia oriental. Muito obrigado! Fique com Deus e as bençãos de Nossa Senhora.
ResponderExcluirAbraços
Alex Cesar - Natal/RN