Editorial de Domingo
Bem amigos cada um tem seu próprio modo de ser, de viver, de fazer as coisas, assim é a humanidade, cheia de singularíssimas características dentro de um plano global que parece nivelar-nos a um só conceito: Raça Humana. É, não sabia como começar este editorial, por isso resolví iniciá-lo assim, de chofre.
Mas, se relutava é porque gostaria de falar, hoje, convosco, de um assunto muito delicado. Alguns amigos têm questionado por que não comento com mais frequëncia, as postagens do piano clássico. Deveria fazê-lo, retorquem, aludindo a um suposto fato que seria o conhecimento que tenho sobre música erudita.
Por que não o faço? Ora, simplesmente porque nada entendo de música, muito menos da Erudita. a não ser o óbvio, o trivial simples, a parte mais fácil, aquela que todo mundo sabe...
Além do mais, parece óbvio que todo leitor do piano classico conhece perfeitamente, e com sobeja, toda aquela lengalenga "clássica" que a música erudita teve várias escolas durante o correr dos séculos, e que o Classicismo nada mais é que um período que sucedeu o Barrôco, que por sua vez surgiu após o Renascimento, que veio após a Música Medieval que substituiu após longo período a Música Antiga. Que da escola Clássica emergiu o Romantismo, o Impressionismo e tantos outros ismos, e tantas outras subdivisões, todas elas levadas a extremadas dissecações através de análises especializadíssimas por parte de uma crítica musical cada vez mais profunda e minunciosa, exacerbada em seus solilóquios muitas vezes incompreensíveis, e sabe-se lá qual será o limite de tudo isso, quando o que se sabe é que as lucubrações mentais dos vaidosos dificilmente reconhecem limites. Ora, não falamos para crianças, dirigimo-nos a adultos, mormente intelectuais plenos...
Bem, toda crítica é mera vaidade, sei disso há meio século. Toda crítica é mera vaidade.Vaidade das vaidades. E, hoje em dia, não sou nada vaidoso, não sou santo, deploro os santos, levam-me à ânsia do vômito, mas não sou vaidoso, não como demonstração de santidade ou, madreterezice, como gosto de dizer, mas porque a vaidade tornou-se incômoda, como um traste, um trambolho, uma quiquilharia, uma traquitana difícil de carregar, larguei-a na última estação.
Ora, penso eu, todos nós, amantes da música, conhecemos essas escolas, esses formatos, conhecemos seus representantes e expoentes, e, de contrapartida, conhecemos, por certo, uma dúzia de bons pianistas, ou simplesmente consagrados como bons pianistas, outra meia dúzia de organistas e cravistas, umas boas dezenas de bons violinistas, celistas, flautistas, harpistas. Conhecemos, por certo, um bom número de maestros, desde aqueles mais extravagantes aos extremamente ortodoxos, e sobre eles poderíamos discorrer horas, dias a fio...
Mas, se relutava é porque gostaria de falar, hoje, convosco, de um assunto muito delicado. Alguns amigos têm questionado por que não comento com mais frequëncia, as postagens do piano clássico. Deveria fazê-lo, retorquem, aludindo a um suposto fato que seria o conhecimento que tenho sobre música erudita.
Por que não o faço? Ora, simplesmente porque nada entendo de música, muito menos da Erudita. a não ser o óbvio, o trivial simples, a parte mais fácil, aquela que todo mundo sabe...
Além do mais, parece óbvio que todo leitor do piano classico conhece perfeitamente, e com sobeja, toda aquela lengalenga "clássica" que a música erudita teve várias escolas durante o correr dos séculos, e que o Classicismo nada mais é que um período que sucedeu o Barrôco, que por sua vez surgiu após o Renascimento, que veio após a Música Medieval que substituiu após longo período a Música Antiga. Que da escola Clássica emergiu o Romantismo, o Impressionismo e tantos outros ismos, e tantas outras subdivisões, todas elas levadas a extremadas dissecações através de análises especializadíssimas por parte de uma crítica musical cada vez mais profunda e minunciosa, exacerbada em seus solilóquios muitas vezes incompreensíveis, e sabe-se lá qual será o limite de tudo isso, quando o que se sabe é que as lucubrações mentais dos vaidosos dificilmente reconhecem limites. Ora, não falamos para crianças, dirigimo-nos a adultos, mormente intelectuais plenos...
Bem, toda crítica é mera vaidade, sei disso há meio século. Toda crítica é mera vaidade.Vaidade das vaidades. E, hoje em dia, não sou nada vaidoso, não sou santo, deploro os santos, levam-me à ânsia do vômito, mas não sou vaidoso, não como demonstração de santidade ou, madreterezice, como gosto de dizer, mas porque a vaidade tornou-se incômoda, como um traste, um trambolho, uma quiquilharia, uma traquitana difícil de carregar, larguei-a na última estação.
Ora, penso eu, todos nós, amantes da música, conhecemos essas escolas, esses formatos, conhecemos seus representantes e expoentes, e, de contrapartida, conhecemos, por certo, uma dúzia de bons pianistas, ou simplesmente consagrados como bons pianistas, outra meia dúzia de organistas e cravistas, umas boas dezenas de bons violinistas, celistas, flautistas, harpistas. Conhecemos, por certo, um bom número de maestros, desde aqueles mais extravagantes aos extremamente ortodoxos, e sobre eles poderíamos discorrer horas, dias a fio...
E é por tudo isso que acho um tanto desnecessário ficar batendo a mesma tecla, tecla tecla tecla por pura vaidade... Notaram como estou reticente hoje?
Pois bem, porque alguns amigos lêem outros Sites cujas postagens são todas recheadas com textos enormes, preparados com grande esmêro, mestria, sapiência, conhecimento e humildade, temos que reconhecer, diga-se de passagem, é por isso que acham alguns que deveríamos nós aqui do piano classico agir de idêntica maneira, entretanto, evocando o primeiro parágrafo deste presente editorial, reenvidicamos, tão somente, o direito de utilizar os preceitos daquelas singularíssimas características, a que nos referimos no início. Afinal, como diziam os Romanos: "De gustibus et coloribus non est disputadum", se acabo de cometer um hediondo crime, que me perdoem os latinistas de plantão, mas, já vai longe o meu tempo de Seminário e sequer possuo dicionário latino.
Então, utilizo-me do Domingo, este dia maravilhoso, para proferir aqui minhas bobagens, sem nenhum recurso literário, deve-se notar, e no meio da semana abstenho-me, para alívio dos leitores, de comentários desnecessários. Fazendo-o, ainda que precariamente, somente quando a postagem é sobre um velho amigo músico, um antigo mestre, um antigo companheiro, ou alguém a quem muito admiro, ou coisa relacionada, mesmo assim com extremada reserva e em “raríssimas exceções”. Outras vezes, por ocasião dos dias e horas da lembrança, da angústia por vezes, e da alegria, se bem que mais pequena, aí também ouso soltar minhas bobagens ao léu que acabam vagado pelo ar em busca do regaço de ouvidos amistosos.
Bem, meus caríssimos amigos, por coincidência, navegando pela internet meio sem rumo, sem bússula, sextante ou quadrante, acabei deparando com um artigo sobre a pianista Ana Mazzotti, o que me remeteu a um passado recente, uns 30 anos, que muito me emocionou. A Grande pianista gaúcha foi espôsa de um colega meu, o Romildo, outro excelente músico (percussionista), irmão dum amigo muito íntimo, o Rosmir. Guardei até quando pude seu último LP com uma bela dedicatória a minha pessoa. Perdi-o no último auto de fé do qual foi vítima minha parca biblioteca e igualmente insignificante discoteca. Ana Mazzotti, como diria Rolando Boldrin, foi embora antes do horário combinado, 1988 em pleno fulgor da juventude. Para quem não conheceu, Ana Mazzotti chegou a tocar com Chick Corea, para quem compôs uma música, a faixa 07 do LP de 1982, e sempre foi grandemente ovacionada, onde quer que se apresentasse. Que Deus a tenha em boa guarda. Um dia, inexoravelmente, estaremos todos reunidos minha cara, até lá...
São, portanto, esses dois Cds da genial Ana Mazzotti que realmente fazem este editorial domingueiro. As palavras, muitas e turvas, turvas e obtusas, débeis e medíocres, como seu autor, nada representam senão uma frustrada tentativa de homenágem a uma grande artista. Ouçamos então a música e esqueçamos, pelo menos temporariamente, as palavras.
Rogando pela interseção e proteção das superiores entidades, desejamos a você, amigo Leitor, uma excelente semana, sempre sob às vistas e bençãos do Criador!
"Em cada mil palavras que se escrevem, às vezes só há uma, que verdadeiramente é necessário escrever! As restantes são somente tinta e papel desperdiçados e minutos aos quais se deu pés de chumbo em vez de asas de luz.
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São, portanto, esses dois Cds da genial Ana Mazzotti que realmente fazem este editorial domingueiro. As palavras, muitas e turvas, turvas e obtusas, débeis e medíocres, como seu autor, nada representam senão uma frustrada tentativa de homenágem a uma grande artista. Ouçamos então a música e esqueçamos, pelo menos temporariamente, as palavras.
Rogando pela interseção e proteção das superiores entidades, desejamos a você, amigo Leitor, uma excelente semana, sempre sob às vistas e bençãos do Criador!
"Em cada mil palavras que se escrevem, às vezes só há uma, que verdadeiramente é necessário escrever! As restantes são somente tinta e papel desperdiçados e minutos aos quais se deu pés de chumbo em vez de asas de luz.
Como é difícil, oh! como é difícil escrever a palavra que realmente deve ser escrita!"
(Mikhail Naimy)
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