Tive um bom Mestre, há tempos, e que tempos; que época. Que momentos difíceis passara até então.
Devido as circunstâncias da época e as inúmeras dificuldades que amargavam minha miserável existência, e a um certo ceticismo que cultivei após passar por um cem número de seitas esotéricas, outras tantas mais abertas, outras mais ocultas, além dum certo entendimento cabalístico que herdara de... Além das incursões perigosas em plagas outras que supriram com requinte minhas necessidades de "aventura" espiritual, diria... Não, melhor não dizer nada.
Meu primeiro contato com um Mestre que demonstrou claramente ter pré - ciência de tudo que se passara comigo, de todas minha ânsias (tolas ânsias), de todas minhas aflições e inquietações. De toda minha improfícua existência, que enfim, transmutara-se, finalmente, numa espécie de eterno transe de morte, foi, posso afirmar, uma experiência arrebatadora!
Nosso primeiro diálogo foi uma espécie de admoestação que Dele recebi. Uma Censura séria mas carinhosa. Como a que um bom pai faria ao filho querido. Mandou-me, durante essa repreensão, que largasse tudo, que jogasse no lixo toda minha bagagem intelectualóide esotérica, todo este traste inútil, esta traquitana pesada e difícil de se carregar. Traquitana? É, me chamou de cavalgadura!
E, da forma como me orgulhava dos conhecimentos que, inconscientemente simulava ter, mesmo sabendo-os inúteis, estéreis e vãos, não me agradava perder algo que tanto trabalho me dera adquirir e, tôlamente questionei sobre eles. Pois, afinal, eram conhecimentos profundos, cultivados por uma casta elevada há milênios e, só uns poucos eram seus detentores há cada nova geração, cria eu, tolamente.
Em resposta a quase meia hora de questionamentos, em que tentei defender com esmero, primor e correção meu estúpido patrmonio intelectual, Ele disse simplesmente: "Nenhum caminho leva a Deus, leva antes à consciência e esta é que nos serve de ponte para a Verdade".
No mesmo instante não compreendi integralmente essas palavras, só depois lembrei-me de algo que havia lido, acho que de Jidu Krisnamurti, afirmando serem todas as religiões imprescindíveis, até um ponto, em que tornam-se imprestáveis.
Só então entendi, mas, ainda assim quis questionar o fato de só ter compreendido devido ao meu soberbo conhecimento intelectual anterior. Não o fiz, ainda bem, certamente seria novamente comparado a uma cavalgadura!
Relutei durante anos a fazer qualquer comentário sobre meu demorado convívio com o Mestre. Coisa que somente o fiz a uns poucos confrades. Hoje, sei lá o porquê, nem o parquê (como diria meu avô) resolvi contar um pequeno trecho desta novela maravilhosa, na qual estive envolto como num demorado transe, e sempre como o favorito, ou o querido do Mestre, até sua fulgurante e pranteada partida. Bem vou tentar fazê-lo com frequência, mas, só um pouquinho de cada vez.
Forte abraço.
Devido as circunstâncias da época e as inúmeras dificuldades que amargavam minha miserável existência, e a um certo ceticismo que cultivei após passar por um cem número de seitas esotéricas, outras tantas mais abertas, outras mais ocultas, além dum certo entendimento cabalístico que herdara de... Além das incursões perigosas em plagas outras que supriram com requinte minhas necessidades de "aventura" espiritual, diria... Não, melhor não dizer nada.
Meu primeiro contato com um Mestre que demonstrou claramente ter pré - ciência de tudo que se passara comigo, de todas minha ânsias (tolas ânsias), de todas minhas aflições e inquietações. De toda minha improfícua existência, que enfim, transmutara-se, finalmente, numa espécie de eterno transe de morte, foi, posso afirmar, uma experiência arrebatadora!
Nosso primeiro diálogo foi uma espécie de admoestação que Dele recebi. Uma Censura séria mas carinhosa. Como a que um bom pai faria ao filho querido. Mandou-me, durante essa repreensão, que largasse tudo, que jogasse no lixo toda minha bagagem intelectualóide esotérica, todo este traste inútil, esta traquitana pesada e difícil de se carregar. Traquitana? É, me chamou de cavalgadura!
E, da forma como me orgulhava dos conhecimentos que, inconscientemente simulava ter, mesmo sabendo-os inúteis, estéreis e vãos, não me agradava perder algo que tanto trabalho me dera adquirir e, tôlamente questionei sobre eles. Pois, afinal, eram conhecimentos profundos, cultivados por uma casta elevada há milênios e, só uns poucos eram seus detentores há cada nova geração, cria eu, tolamente.
Em resposta a quase meia hora de questionamentos, em que tentei defender com esmero, primor e correção meu estúpido patrmonio intelectual, Ele disse simplesmente: "Nenhum caminho leva a Deus, leva antes à consciência e esta é que nos serve de ponte para a Verdade".
No mesmo instante não compreendi integralmente essas palavras, só depois lembrei-me de algo que havia lido, acho que de Jidu Krisnamurti, afirmando serem todas as religiões imprescindíveis, até um ponto, em que tornam-se imprestáveis.
Só então entendi, mas, ainda assim quis questionar o fato de só ter compreendido devido ao meu soberbo conhecimento intelectual anterior. Não o fiz, ainda bem, certamente seria novamente comparado a uma cavalgadura!
Relutei durante anos a fazer qualquer comentário sobre meu demorado convívio com o Mestre. Coisa que somente o fiz a uns poucos confrades. Hoje, sei lá o porquê, nem o parquê (como diria meu avô) resolvi contar um pequeno trecho desta novela maravilhosa, na qual estive envolto como num demorado transe, e sempre como o favorito, ou o querido do Mestre, até sua fulgurante e pranteada partida. Bem vou tentar fazê-lo com frequência, mas, só um pouquinho de cada vez.
Forte abraço.
xava
"Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim."
ResponderExcluirJoão 14.16