Ir me Kero madre
Adio Kerida
Djako
Hamavdil
Ya salio de la mar
Ygdal
O Ladino era língua corrente dos Judeus nos dois maiores países da península Ibérica: Portugal e Espanha. Definida como: "uma mistura de palavras hebraicas de seu dia a dia com a língua da região onde habitavam, que podia ser o castelhano, o português, o árabe ou até mesmo o catalão". Com a expulsão dos judeus de Portugal e Espanha, em 1492,a língua entrou em processo de extinção, pelo menos na Península Ibérica, enquanto se expandia na Bósnia, Sérvia, Macedônia, Grécia, Bulgária, Romênia e Turquia.
A wikipédia faz o seguinte comentário sobre o Ladino: "Após a Segunda Guerra Mundial os emigrantes sefarditas se instalaram em Israel, nos Estados Unidos (sobretudo em Nova York e Los Angeles) e na América espanhola (Buenos Aires, Cidade do México, Caracas, San Juan etc.), enquanto um pequeno número iniciou seu retorno à Espanha. Alguns poucos foram para o Brasil, especialmente para Belém do Pará (marroquinos). Atualmente, o judeu-espanhol é utilizado unicamente pelos velhos nas comunidades sefarditas, não sendo transmitida às novas gerações. Muitos judeus sefarditas têm o ladino como sua língua materna (Yasmin Levy é um exemplo) porém seu uso se restringiu à infância, mais ou menos como é o caso do iídiche. Parece, então, provável que desapareça por completo no decorrer de algumas décadas, especialmente na Diáspora. Há já lugares em que os falantes de ladino não passam de umas poucas dezenas, como em Salónica ou em Belgrado, todos eles já bastante idosos".
Não obstante, é falado por cerca de 150 mil indivíduos em comunidades sefarditas em Israel, nos Balcãs, Oriente Próximo e norte de Marrocos.
Dois Poemas Ladinos:
I
A la Una
A la una yo naci
A las dos m’engrandeci
A las tres tomi amante
A las cuatro me cazi
Alma vida y corason.
Dime nina donde vienes
Que te quero conocer;
Si tu no tienes amante
Yo te hare defender
Alma vida y corason.
Yendome para la guerra
Dos bezos al aire di
El uno es para mi madre
Y el otro para ti.
Alma vida y corason.
II
Adio Querida
Tu madre cuando te pario,
Y te quitou al mundo,
Corason ella no te dio
Para amar segundo.
Adio, Adio querida,
No quero la vida
Me l’amargates tu.
Va, buxcate otro amor,
Aharva otras puertas,
Aspera otro ardor,
Que para mi sos muerta.
***
Zog Maran
(Diz-me Marrano)
Diz-me Marrano, meu irmão,
onde pões a mesa para o Seder?
- Numa caverna escura e funda,
a minha Páscoa irei fazer.
Diz-me Marrano, onde vais
Diz-me Marrano, meu irmão,
onde pões a mesa para o Seder?
- Numa caverna escura e funda,
a minha Páscoa irei fazer.
Diz-me Marrano, onde vais
buscar os brancos matzos?
- Na caverna, com a ajuda de Deus,
a minha mulher os lá amassa.
Diz-me Marrano, como consegues
encontrar uma Hagadá?
Na caverna, entre as fendas,
há muito que escondi os livros lá.
Diz-me Marrano, como te
defenderás quando te ouvirem cantar?
-Se me vierem prender, com uma
canção nos lábios irei morrer.
Avrom Reisen
- Na caverna, com a ajuda de Deus,
a minha mulher os lá amassa.
Diz-me Marrano, como consegues
encontrar uma Hagadá?
Na caverna, entre as fendas,
há muito que escondi os livros lá.
Diz-me Marrano, como te
defenderás quando te ouvirem cantar?
-Se me vierem prender, com uma
canção nos lábios irei morrer.
Avrom Reisen
Zog Maran, Vocolot, poema de Avrom Reisen música de Shmuel Bugatch.
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