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Pe. José Maurício Nunes Garcia : Requiem de 1816 em ré menor
Pe. João de Deus de Castro Lobo: Missa em ré maior
Pe. João de Deus de Castro Lobo
11. Missa em ré maior - 1. Kyrie
12. Missa em ré maior - 2. Christe
13. Missa em ré maior - 3. Kyrie
14. Missa em ré maior - 4. Gloria
15. Missa em ré maior - 5. Laudamus
16. Missa em ré maior - 6. Gratias
17. Missa em ré maior - 7. Domine Deus
18. Missa em ré maior - 8. Qui tollis
19. Missa em ré maior - 9. Qui sedes
20. Missa em ré maior - 10. Quoniam
21. Missa em ré maior - 11. Cum Sancto Spiritu
22. Missa em ré maior - 12. Amen
BRASIL XVIII-XIX: Música na Corte do Rio de Janeiro e na Província das Minas Gerais durante o tempo de D. João VI no Brasil (1808-1821) - 2008
Americantiga Ensemble, Maestro Ricardo Bernardes
Gravação realizada em 2008 na Iglesia San Juan Bautista, em Buenos Aires
Pe. José Maurício Nunes Garcia : Requiem de 1816 em ré menor
Pe. João de Deus de Castro Lobo: Missa em ré maior
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Durante o Brasil colônia, a única forma digna de sobrevivência para jovens mulatos intelectualmente bem dotados era a vida monacal. Eles eram livres mas, pobres. Não possuìam terras nem mão de obra escrava, nem títulos nobiliárquicos nem seus tributos decorrentes... pobres, enfim.
Pobres numa terra sobre a qual, o Jesuíta Italiano João Antonil, bom conhecedor das coisas brasilianas, dizia ser o inferno dos negros, o purgatório dos brancos e o paraíso dos mulatos. Bom conhecedor das coisas do Brasil esse tal. Referia-se, certamente, à uma minoria que inicialmente passou ignorada (socialmente), posto que formada por filhos bastardos de senhores de escravos, gerados durante as práticas sexuais extra gonjugais que mantinham com suas mais belas e fogosas negras escravas, nos porões infectos de suas casas grandes. Esses mulatos, emergidos das senzalas, não obstante traziam em si, o sangue dos senhores donos de suas mães escravas, não podendo, por questões de honra, serem escravos também. Tampouco podiam ser herdeiros do branco progenitor, por questões econômicas óbvias. Só lhes restava, como único bem, a liberdade, uma liberdade porém, mais aviltante que a própria escravidão. Imagine uma sociedade brutalmente racista, como a de então, ter que aceitar o lívre convívio com Mulatos frutos de seus adultérios... Não aceitava, nunca aceitou, apenas tolerava a conviência, e somente enquanto eles ocupavam funções menores na sociedade. Os verdadeiros mulatos, de ontem e de hoje, a maior parte da população Brasileira, sofreu e continua a sofrer a mesma antipatia e menosprezo de sempre, portanto, esse paraíso só pode se referir, naturalmente, àquela minoria inculta mas esperta de malícias que se locupletava em mesa alheia enquanto se imiscuía desde às senzalas aos salões coloniais.
Mas, agora voltemos à questão inícial: E aqueles jovens intelectualmente bem dotados? Aqueles sensíveis às artes, à literatura? A estes, todas as portas estavam invariavelmente cerradas.
E é nesse universo de oportunidades parciais, escassas e preconceituosas, onde sequer havia sido criado o vocábulo "inclusão" que a igreja Católica (pela qual nunca sentí nenhuma simpatia) atuou como verdadeira salvadora, protetora e defensora de verdadeiros gênios da humanidade, que, por terem nascidos mulatos, jamais teriam tido oportunidade de desenvolver seu pensamento e sapiência, não fossem as portas escancaradas das bibliotecas, dos refeitórios, das celas, das salas e ante salas dos castelos monásticos da Igreja Católica de então.
E é por isso, caro aluno, ops, perdão, caro Leitor, que muitos dos grandes compositores, escultores, pintores e etc do período chamado Colonial brasileiro foram Padres, Padres e Mulatos!
Pobres numa terra sobre a qual, o Jesuíta Italiano João Antonil, bom conhecedor das coisas brasilianas, dizia ser o inferno dos negros, o purgatório dos brancos e o paraíso dos mulatos. Bom conhecedor das coisas do Brasil esse tal. Referia-se, certamente, à uma minoria que inicialmente passou ignorada (socialmente), posto que formada por filhos bastardos de senhores de escravos, gerados durante as práticas sexuais extra gonjugais que mantinham com suas mais belas e fogosas negras escravas, nos porões infectos de suas casas grandes. Esses mulatos, emergidos das senzalas, não obstante traziam em si, o sangue dos senhores donos de suas mães escravas, não podendo, por questões de honra, serem escravos também. Tampouco podiam ser herdeiros do branco progenitor, por questões econômicas óbvias. Só lhes restava, como único bem, a liberdade, uma liberdade porém, mais aviltante que a própria escravidão. Imagine uma sociedade brutalmente racista, como a de então, ter que aceitar o lívre convívio com Mulatos frutos de seus adultérios... Não aceitava, nunca aceitou, apenas tolerava a conviência, e somente enquanto eles ocupavam funções menores na sociedade. Os verdadeiros mulatos, de ontem e de hoje, a maior parte da população Brasileira, sofreu e continua a sofrer a mesma antipatia e menosprezo de sempre, portanto, esse paraíso só pode se referir, naturalmente, àquela minoria inculta mas esperta de malícias que se locupletava em mesa alheia enquanto se imiscuía desde às senzalas aos salões coloniais.
Mas, agora voltemos à questão inícial: E aqueles jovens intelectualmente bem dotados? Aqueles sensíveis às artes, à literatura? A estes, todas as portas estavam invariavelmente cerradas.
E é nesse universo de oportunidades parciais, escassas e preconceituosas, onde sequer havia sido criado o vocábulo "inclusão" que a igreja Católica (pela qual nunca sentí nenhuma simpatia) atuou como verdadeira salvadora, protetora e defensora de verdadeiros gênios da humanidade, que, por terem nascidos mulatos, jamais teriam tido oportunidade de desenvolver seu pensamento e sapiência, não fossem as portas escancaradas das bibliotecas, dos refeitórios, das celas, das salas e ante salas dos castelos monásticos da Igreja Católica de então.
E é por isso, caro aluno, ops, perdão, caro Leitor, que muitos dos grandes compositores, escultores, pintores e etc do período chamado Colonial brasileiro foram Padres, Padres e Mulatos!
Pe. José Maurício Nunes Garcia
01. Requiem de 1816 em ré menor - 1. Introitus
02. Requiem de 1816 em ré menor - 2. Kyrie
03. Requiem de 1816 em ré menor - 3. Graduale
04. Requiem de 1816 em ré menor - 4. Sequentia 1
05. Requiem de 1816 em ré menor - 5. Sequentia 2
06. Requiem de 1816 em ré menor - 6. Sequentia 3
07. Requiem de 1816 em ré menor - 7. Ofertorio
08. Requiem de 1816 em ré menor - 8. Sanctus
09. Requiem de 1816 em ré menor - 9. Agnus Dei
10. Requiem de 1816 em ré menor - 10. Lux aeterna
01. Requiem de 1816 em ré menor - 1. Introitus
02. Requiem de 1816 em ré menor - 2. Kyrie
03. Requiem de 1816 em ré menor - 3. Graduale
04. Requiem de 1816 em ré menor - 4. Sequentia 1
05. Requiem de 1816 em ré menor - 5. Sequentia 2
06. Requiem de 1816 em ré menor - 6. Sequentia 3
07. Requiem de 1816 em ré menor - 7. Ofertorio
08. Requiem de 1816 em ré menor - 8. Sanctus
09. Requiem de 1816 em ré menor - 9. Agnus Dei
10. Requiem de 1816 em ré menor - 10. Lux aeterna
Pe. João de Deus de Castro Lobo
11. Missa em ré maior - 1. Kyrie
12. Missa em ré maior - 2. Christe
13. Missa em ré maior - 3. Kyrie
14. Missa em ré maior - 4. Gloria
15. Missa em ré maior - 5. Laudamus
16. Missa em ré maior - 6. Gratias
17. Missa em ré maior - 7. Domine Deus
18. Missa em ré maior - 8. Qui tollis
19. Missa em ré maior - 9. Qui sedes
20. Missa em ré maior - 10. Quoniam
21. Missa em ré maior - 11. Cum Sancto Spiritu
22. Missa em ré maior - 12. Amen
BRASIL XVIII-XIX: Música na Corte do Rio de Janeiro e na Província das Minas Gerais durante o tempo de D. João VI no Brasil (1808-1821) - 2008
Americantiga Ensemble, Maestro Ricardo Bernardes
Gravação realizada em 2008 na Iglesia San Juan Bautista, em Buenos Aires
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