terça-feira, 10 de setembro de 2013

Cezanne Comunicação Informa


 Cello Parade  une arte e violoncelos de metal na ARTIGO Rio

A convite de Carolina Chew, Sérgio Marimba cria nove instrumentos de metal que ganharam interferências de diferentes artistas e estarão expostos na feira de artes visuais no Cais do Porto. David Chew, Fernanda Canaud e Juliana Franco realizam ainda recital no sábado, dia 13

Todos que forem a ARTIGO Rio, entre os dias 10 e 14 de setembro, no Cais do Porto, vão se surpreender com diversos violoncelos de metal trabalhados artisticamente e espalhados pelo Armazém 6.  Trata-se do Cello Parade, uma homenagem aos 20 anos do Festival Rio International Cello Encounter, do diretor e músico David Chew.  A convite da artista plástica e curadora de arte contemporânea Carolina Chew, o escultor de metal Sérgio Marimba criou nove cellos de metal onde foram traduzidas intervenções de personalidades do mundo da Arte de diversos ramos e que serão leiloados, no final, para levantar fundos para as obras sociais do projeto. 
Além dos cellos em ferro oxidado de Sérgio Marimba e o de linhas em metal marteladas por Carolina Chew - inspiradas nas crianças da Maré onde desenvolve trabalho social -  o público poderá conferir a curiosa interferência do percussionista e artista plástico Siri através de alto-falantes que emitem sons de um ambiente de construção, como esmeril, motores de solda, martelos e afins. Letícia Matos apresenta seu universo de cores e texturas através de crochê, adereços e arames,  e Ana Luisa Marinho propõe forte cromatismo através de lãs. O tatuador carioca e artista plástico Kiko Lopes inspirou-se na tatuagem de origem japonesa, já Bel Barcellos pincelou à óleo personagens sentados frente a frente numa atmosfera poética e densa. Ainda constam cello dos artistas Márcio Piá e do iluminador Milton Giglio, inspirado música “O Trenzinho do Caipira”, de Villa-Lobos.
            Como performance da ARTIGO Rio, o violoncelista David Chew, acompanhado por Fernanda Canaud (piano) e Juliana Franco (soprano), apresenta o recital Cello Enssemble no sábado, dia 13, às 17h.

ARTISTAS CONVIDADOS:
SÉRGIO MARIMBA (Artista plástico e cenógrafo)
CAROLINA CHEW (trabalho com crianças na Maré)
SIRI (percussionista/artista plástico)
Kiko Lopes (artista plástico/grafite)
Ana Luisa Marinho (fotógrafa/artista plástica)
Letícia Matos (tricô)
Bel Barcellos (artista plástica)
Milton Giglio (iluminador)
Márcio Piá (artista plástico/grafite)



Cello Parade 

Carolina Chew - Criação e Curadoria
Sergio Marimba -  Curador convidado 

Apresentação das escolhas dos artistas:

Siri - Artista Plástico
        Possibilidades imagéticas que a arte pode possibilitar.      Na interferência realizada pelo artista sonoro Siri, o instrumento passa a ser além de musical, um instrumento de pura experiência empírica entre objeto, som e o contexto ao qual ele se insere.                Caixas de som são acopladas ao objeto emitindo o som de sua própria construção.     Esmeril, motores de solda, martelos e seu ambiente de construção viram música.     A trilha tem exatos 35 minutos, tempo esse que leva fabricação do objeto.

Sérgio Marimba - Artista Plástico, Cenógrafo e Curador do Cello Parade
Cello Parade,
Matéria prima essencial, ferro oxidado... O Cello, curvas sinuosas como a cidade do Rio, som de delicadeza e pureza infinita...     Minha escultura em ferro oxidado, foi me dando a confiança de transportar a forma para suporte de artistas interagirem, alinharem suas inspirações.
Prazer, honra e a chance de realizar uma tarefa múltipla, de convivência com as inspirações de artistas impares e apoiar a arte na sua essência de plasticidade.
Meu Cello ....   Uma nuvem de linhas silenciosas, abraçando a estrutura magica de um cello em ferro, uma possibilidade de sonho... Uma estrutura que emerge dos desenhos antigos, das formas, das forjas, das bigornas... do aço quente em fogo musical.

Carolina Chew
          Ao som de um contador de histórias através do seu instrumento, crianças são inspiradas pelos músicos a ilustrarem suas ideias.      Elaborando suas composições com um método divertido de um processo criativo, elas pintam linhas e formas.   Com linhas elas contam suas histórias
         Carolina Chew, tentou reproduzir suas linhas em metal.   Martelando cada linha, trazendo formas em 3D dando vida ao instrumento, com a intenção de trazer a comunicação pelas artes. Música clássica x Artes visuais.   Quebrando barreiras, abrindo possibilidades para a criatividade com a música clássica.  Integrando o Cello, arte e Cores.
         Incentivando o trabalho em comunidade e união através da cultura. Usando a arte como uma ferramenta para transformação e melhoria social.

Letícia Matos
Para a intervenção no cello, minha inspiração foi uma viagem que fiz para Ibitipoca, no sul de Minas. fiquei encantada com as cores, texturas, vegetação do lugar. numa das minhas caminhadas por lá, vi umas folhas secas no mato que eram um marrom muito parecido com a cor do cello, daí veio a ideia de inserir o cello nesse universo de cores e texturas. terá um croche no chão que representa o solo, como se o cello estivesse brotando dali. além disso vou usar uns pompons colocados em arames, formando uns cactus, que passarão por dentro do cello e o envolverão sutilmente.

Ana Luisa Marinho
"Sempre fui fascinada por cor! E por música! Minha casa, minhas pinturas, minhas roupas refletem essas duas paixões. Gosto de misturar tons, experimentar combinações, descobrir novas sonoridades. Como o cello é um instrumento de corda, usei lã colorida, que remete às cordas. As cores fortes que escolhi se associam à força que o cello tem dentro de uma orquestra. "


Kiko Lopes  - Tatuador e Artista Plástico
Nascido no Rio de Janeiro acredita na arte como melhor ferramenta para mover e transformar vidas. E projetos como o Rio Cello e o Cello Parade apresentam novas dimensões e possibilidades de expressão artística. Misturando diferentes técnicas e veículos. Trazendo boa arte para comunidades carentes.
Como se trata de um projeto social Kiko escolheu a tatuagem como tema para sua pintura. Porque foi a técnica artística que moveu e mudou a vida dele.
Essa imagem na pintura se chama Benzaiten, muito usada na Tatuajem japonesa. Benzaiten representa tudo que flui. Como água, música, palavras e conhecimento.

Bel Barcellos
A figura humana é moto contínuo no trabalho de Bel Barcellos. Encontros, desencontros, lembranças, imagens que ora emanam silêncio, ora dor... fazem parte do universo que a artista habitualmente borda em seus linhos alvos.
Inspirada pelo concerto para violoncelo “Trama”, de Marisa Rezende, a artista transfere seu universo imagético para a base metálica da escultura. Seus personagens aparecem pincelados a óleo, sentados frente a frente e envoltos por nuvens cinzas, em uma atmosfera densa mas poética, tal qual a da música que levou a artista a criar sua obra.

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