domingo, 18 de julho de 2010

As Cirandas


                     HOMERO de MAGALHÃES                              




















                       Da Natureza Divina e Da Natureza Demoníaca Segundo o Bhagavad-gita


  " A Suprema Personalidade de Deus disse: Destemor, purificação da própria existência; cultivo de conhecimento espiritual; caridade; autocontrole; execução de sacrifícios; estudo dos Vedas; austeridade; simplicidade; não-violência; veracidade; estar livre da ira; renúncia; tranqüilidade; não gostar de achar defeitos; compaixão para com todas as entidades vivas; estar livre da cobiça; gentileza; modéstia; firme determinação; vigor; clemência; fortaleza; limpeza, estar livre da inveja e da paixão pela honra – estas qualidades transcendentais, ó filho de Bharata, existem nos homens piedosos dotados de natureza divina.
   Orgulho, arrogância, presunção, ira, rispidez e ignorância – estas qualidades pertencem àqueles cuja natureza é demoníaca, ó filho de Pritha. 5. As qualidades transcendentais conduzem à liberação, ao passo que as qualidades demoníacas levam ao cativeiro. Não se preocupe, ó filho de Pandu, pois você nasceu com as qualidades divinas. 6. Ó filho de Pritha, neste mundo há duas espécies de criaturas. Uma é chamada divina e a outra, demoníaca. Já me detive a explicar-lhe as qualidades divinas. Agora ouça enquanto falo sobre as características demoníacas. 7. Aqueles que são demoníacos não sabem o que se deve fazer e o que não se deve fazer. Neles não se encontram limpeza, comportamento adequado nem verdade. 8. Eles dizem que este mundo é irreal e sem nenhum fundamento; que é produzido do desejo sexual e tem como causa apenas a luxúria. Dizem que não há Deus no controle. 9. Seguindo essas conclusões, os demoníacos sem saber o que fazer e sem nenhuma inteligência, ocupam-se em atividades prejudiciais e hediondas que só servem para destruir o mundo. 10. Refugiando-se na luxúria insaciável e absortos na presunção própria do orgulho e do falso prestígio, os demoníacos, nesta ilusão, estão sempre comprometidos com o trabalho sujo atraídos pelo impermanente. 11-12. Eles acreditam que satisfazer o sentidos é a necessidade primordial da civilização humana. Com isto, até o fim da vida sua ansiedade é imensurável. Presos a uma rede de centenas de milhares de desejos e absortos na luxúria e na ira, eles recorrem a meios ilegais para obter o dinheiro que investirão no gozo dos sentidos.
  O ser demoníaco pensa: “Tanta riqueza eu tenho hoje, e vou ganhar mais conforme meus planos. Tenho tanto agora e isto aumentará mais e mais no futuro. Matei esse meu inimigo, e meus outros inimigos também serão mortos. Eu sou o senhor de tudo. Eu sou o desfrutador. Sou perfeito, poderoso e feliz. Sou o homem mais rico, rodeado por parentes aristocráticos. Não há ninguém tão poderoso e feliz como eu. Executarei sacrifícios, farei alguma caridade, e com isso, ficarei contente”. Dessa maneira, eles são iludidos pela ignorância. 16. Assim perplexos diante de tantas ansiedades e presos numa rede de ilusões, eles se apegam demasiadamente ao gozo dos sentidos e caem no inferno. 17. Acomodados e sempre cínicos, deixando-se iludir pela riqueza e pelo falso prestígio, eles às vezes orgulhosamente executam sacrifícios apenas de nome, sem seguirem nenhuma regra ou regulação. 18. Confundidos pelo ego falso, força, orgulho, luxúria e ira, os demônios passam a invejar a Suprema Personalidade de Deus, que está em seus próprios corpos e nos corpos dos outros, e blasfemam contra a religião verdadeira. 19. Aqueles invejosos e canalhas, que são os mais baixos entre os homens, eu perpetuamente os arrojo no oceano da existência material, onde assumiram várias espécies de vida demoníaca. 20. Submetendo-se a repetidos nascimentos entre as espécies de vida demoníaca, ó filho de Kunti, tais pessoas jamais conseguem aproximar-se de Mim. Aos poucos, elas afundam-se na mais abominável condição de existência.
  Há três portões que conduzem a este inferno – a luxúria, a ira e a cobiça. Todo homem são deve afastar-se destes desvarios, pois eles conduzem à degradação da alma. 22. O homem que escapou a estes três portões do inferno, ó filho de Kunti, executa atos que conduzem à auto-realização e aos poucos atinge o destino supremo. 23. Aquele que põe de lado os preceitos das escrituras e age conforme os próprios caprichos não alcança a perfeição, a felicidade nem o destino  supremo. 24. É Através das normas dadas nas escrituras que se deve, portanto, entender o que é dever e o que não é dever. Conhecendo essas regras e regulações, todos devem agir de modo a elevarem-se gradualmente."   Bhagavad-gita

                                                                                                                                                                          






***









                                                                                                                                                             

Nenhum comentário:

Postar um comentário