terça-feira, 20 de julho de 2010

JOEL ANDREWS - THE VIOLET FLAME

                          The Violet Flame



















  


    Let Light and Love and Power Restore the Plan on the Earth








 Toda a verdade tem o seu 'correspondente' na 'realidade'. E, quando não se pode conhecer o correspondente de uma cousa, também não se poderá dizer que esta cousa seja verdadeira. A Terra seria uma ilusão sem sentido se não tivesse por correspondentes o reino vegetal e animal. 
 Somente Deus não tem além de si correspondente. E a eternidade? Dizem uns: - É o Tempo. E o que não terá 'começo' nem terá 'fim? Que é o Tempo? Uma ficção, sem 'correspondente' na realidade. Não existe Tempo. A Eternidade não tem 'passado' e não tem 'futuro'; é só o presente. Não tem ontem nem amanhã. Hoje somente. As cousas desenvolvem-se simultaneamente no infinito, no seio mesmo de Deus; porque tudo o que existe é correspondente de Deus', sem vir o passado, e o futuro não tem correspondente senão no presente, isto mesmo em fórmulas e cousas limitadas. Os filósofos e homens de ciência adotaram dois termos ou vocábulos sem 'correspondentes' na realidade e fizeram e têm feito de meros vocábulos, inteiramente abstratos e somente 'convencionais', no mundo objetivo, o centro de apoio e a base de toda filosofia subjetiva.
 Tempo e espaço são puras ficções, meras abstrações; não têm correspondentes na realidade: são símbolos convencionais. Na categoria de que fazemos parte, os mundos são infinitos, sendo, porém, cada qual, limitado na própria extensão infinita. E quem compreende que o passado significa uma série de sucessões, retrógradas até um ponto, até um fim, vê logo  que a eternidade, estando necessariamente fora destas condições, porque é de natureza incondicional, não tem passado, nem tem futuro; que a eternidade, sendo vida Infinita, encerra um presente permanente; que, portanto, a matéria e seus modos, suas transformações e seus movimentos não existem realmente, porque são incompatíveis com a repletude infinita; que passado e futuro só entendem com as sucessões simultâneas dessas representações e transformações, que só podem
ser afecções ideais dos espíritos; que só pode ser 'realidade', só pode ser verdade a 'vida infinita', que é Deus e seus modos que são os espíritos. Que tudo mais é o mundo das 'abstrações ideais', das ilusões dos sentidos. -'Todo o Universo demora eternamente no vácuo ou 'espaço infinito' e inexplicável. E esse vácuo ou espaço, que se julga inexplicável, é Deus a amplitude infinita.
 O 'éter' não pertence a categoria objetiva. Só pode ser pesquisado pela filosofia subjetiva. Na categoria de que fazemos 'parte', os mundos são 'infinitos', sendo, porém, cada qual, limitado
na própria 'extensão infinita'.  
 Não pode haver espaço, do mesmo modo que a matéria, porque espaço ou vácuo se confundem na abstração do nada. Se o espaço e o vácuo não podem ter as três dimensões de um corpo, altura comprimento e largura, como concebê-lo? Espaço, vácuo, nada mais são que frases 'abstratas', sinônimas, não têm correspondente na realidade, não existem, portanto. Não se queira supor que eu negue a realidade de tudo o que existe na 'categoria objetiva'. O que nego é que essa realidade seja, eternamente, 'objetiva, que tenha a mesma realidade na categoria objetiva'.

                       Fonseca Lobo. ( Fragmentos de Filosofia Natural e Especulativa',1907)




 Observação do editor do Blog:
 O autor, Mestre Fonseca Lobo,  afirmava a materialidade da luz justificando-a pelo fato da mesma sofrer os efeitos da gravidade da Terra  (em 1907, Dez anos antes de Einstein comprovar esta teoria).  Afirmava também, através duma sutil especulação filosófica baseada em rígidos conhecimentos científicos, existir  atrito causado pela entrada da luz solar na atmosfera terrestre.  Portanto, quando o Mestre afirmava ( na linguágem da época) que o éter é o nada, compreendia perfeitente e com sobeja,  a materialidade da atmosfera planetária, ocupando, diríamos, um "lugar no Éter, ou, no Nada".








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