M'OCEAN
1. Sirens
2. Marriage Chords
3. M'ocean
4. Lightplay
5. Vicki's Dance
6. Fireflies' Delight
7. Walking Song
O Abisso
Chamo, tolamente, pátria, este lugar que habito. Não, não me refiro a nenhum pedaço de terra com fronteiras geograficamente definidas e sistema político estabelecido, não. Refiro-me a este lugar no insondável espaço, o abisso, onde está colocada nossa nave mãe. Nem nisso há acerto, uma vez que estamos em eterna viagem, velozes, nesse espaço tenebroso...
Há milênios insondáveis, nossa nave, esta dedicada, devotada e afetuosa mãe, supre sutil e completamente, com perfeição e abundância, sua sôfrega e insaciável prole.
Do nada, fez-se de si própria o tudo e abundantemente saciou sede e cobiça de seus enfatuados, arrogantes e presumidos habitantes sebastiões , delicadamente chamados em dúctil postura de filhos queridos.
Já não há mais leite em seus peitos, com que se saciem seus ávidos habitantes. Sangue já não há em suas artérias, que jorre como outrora jorrava, muito mais abundante que a carência de seus sequiosos renôvos. Ar não há mais que se respire. E o sopro universal, que em nossas ventas foi soprado, e solidários repartia-mos com todos os seres da Terra e do Mar, hoje é lufada repugnante para nossos soberbos e insolentes intelectos.
Voltei hoje os olhos ao meu coração, lá o que vi foi somente aquele tenebroso abisso do qual nos protegeu, até agora, a Terra Mãe...
A Mãe está morrendo, e blásfemos somos por chamá-la de mãe ao mesmo tempo que a tratamos com tamanha imprecação e perversidade, posto que é mãe adotiva!
Mas, não há de morrer a Mãe, antes de seus filhos, que embora tardiamente, devolverão compulsoriamente todas as graças que lhes foram abundantemente concedidas.
E será o mais triste dos velórios, aquele em que a mãe pranteará o filho querido. Embora adotivo!
Há milênios insondáveis, nossa nave, esta dedicada, devotada e afetuosa mãe, supre sutil e completamente, com perfeição e abundância, sua sôfrega e insaciável prole.
Do nada, fez-se de si própria o tudo e abundantemente saciou sede e cobiça de seus enfatuados, arrogantes e presumidos habitantes sebastiões , delicadamente chamados em dúctil postura de filhos queridos.
Já não há mais leite em seus peitos, com que se saciem seus ávidos habitantes. Sangue já não há em suas artérias, que jorre como outrora jorrava, muito mais abundante que a carência de seus sequiosos renôvos. Ar não há mais que se respire. E o sopro universal, que em nossas ventas foi soprado, e solidários repartia-mos com todos os seres da Terra e do Mar, hoje é lufada repugnante para nossos soberbos e insolentes intelectos.
Voltei hoje os olhos ao meu coração, lá o que vi foi somente aquele tenebroso abisso do qual nos protegeu, até agora, a Terra Mãe...
A Mãe está morrendo, e blásfemos somos por chamá-la de mãe ao mesmo tempo que a tratamos com tamanha imprecação e perversidade, posto que é mãe adotiva!
Mas, não há de morrer a Mãe, antes de seus filhos, que embora tardiamente, devolverão compulsoriamente todas as graças que lhes foram abundantemente concedidas.
E será o mais triste dos velórios, aquele em que a mãe pranteará o filho querido. Embora adotivo!
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